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sábado, 11 de abril de 2015

OXANDROLONA - PERFIL

Oxandrolona
Autor Anthony Roberts
Retirado de forums.steroid.com
Traduzido, Adaptado e Complementado por MRJP

(Oxandrolona)
[17b-hidroxi-17a-metil-2-oxa-5a-androstane-3-um]
Peso Molecular(base): 306.4442
Fórmula Química(base): C19 H30 O3
Ponto de Fusão(base): 235-238ºC
Fabricante: BTG, SPA, Searle (originalmente)
Data de Lançamento(EUA): 1964
Dose Efetiva(Homens): 20-100mg/dia (0.125mg/kg)
Dose Efetiva(Mulher): 2.5-20mg/dia
Tempo de Ação: 8-12 horas
Tempo de Detecção: 3 semanas
Relação Anabolismo/Androgenicidade: 322-630:24
Apresentações: Manipulados

Oxandrolona não é muito tóxica, não é muito androgênica, mais ou menos anabólica e tem muito pouca influência no eixo HPT. Esses são os 4 itens principais que serão comentados a seguir.

Oxandrolona é pouco tóxica ao fígado, sendo provavelmente o esteróide oral mais suave nesse quesito. Dosagens acima de 80mg/dia são facilmente toleradas pela maioria dos homens e poucos colaterais são relatados com essa droga(1). Por esses reações ela é a escolha de muitas bodybuilders e outros atletas.

É um esteróide suave em todas as formas. Ele se liga bem ao receptor androgênico, porém doses muito altas são necessárias não sendo sugeridas nunca doses menores que 20mg/dia. De fato, a dosagem de 20-80mg/dia foi a necessária para compensar a perda em usuários aidéticos(1) e para recuperar o peso de vítimas de queimaduras(2) então esse é a dosagem recomendada para esse composto. Muitos usuários usam 100mg/dia e recomendam. Para mulheres, a dosagem de 2.5-20mg/dia é suficiente. Virilização não ocorre com esse composto, ja que sua androgenicidade é muito baixa(3). Retenção hídrica também não é comum.

Sendo um esteróide oral, a oxandrolona é um composto 17aa para sobreviver ao metabolismo de primeira passagem no fígado, porém é bem suave nesse quesito também não apresentando efeitos hepatotóxicos muito sérios (colestase hepática, peliose hepática, hiperplasias e neoplasias) atribuídos aos compostos 17aa(17). Oxandrolona foi usada com sucesso em alguns estudos para tratar problemas cutâneos(7) ou para melhorar a função respiratória(18). Essas propriedades a torna uma boa droga para boxeadores, lutadores e outros atletas.

Em relação a queima de gordura, a oxandrola pode ser chamada de um esteróide fat-burner. A gordura visceral e abdominal diminuiram em um estudo onde os pacientes com os níveis normais de testosterona usaram oxandrolona(4). Em outro estudo a gordura total, torácica e apendicular foram reduzidas com uma dosagem baixa da droga, 20mg/dia(8), e sem exercício. Além disso os ganhos parecem ser sólidos e permanentes. Pode não ser muito, porém a chance de manter tudo é muito grande. Em um estudo os pacientes manteram seus ganhos da oxandrolona por no mínimo seis meses após o final do uso(2). Concomitante, em outro estudo, doze semanas após o descontínuo do uso, 83% da perda de gordura total, torácica e de extremidades foi mantida(8). Assim, os ganhos de pesa e a perda de gordura costuma ser permanente com o uso da oxandrolona.

Leve em conta que esses resultados são seu uma TPC e nenhuma alteração na dieta ou treino. E sendo todos os estudos realizados com homens mais velhos ou mais novos fica evidenciado que os efeitos da oxandrolona não são dependentes da idade(11). Se você mantem o protocolo "on-off" você pode perder muita gordura no período on e manter a maior parte durante o off.

Oxandrolona é excelente para força e para rasgar, mas não para ganho de massa. Em outras palavras, tudo que você ganha é sólido (e quanto mais sólido o ganho, mas fácil de mantê-lo). Ela possui um baixo impacto no eixo HPT, não suprimindo totalmente ele (principalmente em baixas doses) o que pode ser atribuído, também, ao fato da oxandrolona não aromatizar.

Testosterona sérica, SHBG e LH são suprimidos levemente com baixas doses de oxandrolona, muito menos que com outros compostos. FSH, IGF-1 e GH não são suprimidos com baixas doses de oxandrolona ao contrário, sofrem um aumento significante(12)(13)(14), e o LH vai apresentar ume feito rebote quando se para o uso(3). Estando o seu eixo funcionando corretamente, a oxandrolona vai afetá-lo muito pouco e pode-se ate manter os valores dentro dos padrões normais(5). Isso torna possível o seu uso com "bridge" entre ciclos (em baixas doses, como 10mg) ou, como mencionado antes, para ciclos de força/cutting em dosagens de 50-100mg.

Além disso a oxandrolona aumentou significantemente as concentrações de AR na musculatura esquelética sem alterar os níveis de IGF-1.


Bibliografia

1. Proj Inf Perspect. 1997 Nov;(23):19.
2. Burns. 2003 Dec;29(8):793-7
3. Clin Endocrinol (Oxf). 1993 Apr;38(4):393-8.
4. Int J Obes Relat Metab Disord 1995 Sep;19(9):614-24
5. jcem.endojournals.org/cgi/content/full/84/8/2705
6. Segal S, Cooper J, Bolognia J., Treatment of lipodermatosclerosis with oxandrolone in a patient with stanozolol-induced hepatotoxicity., J Am Acad Dermatol 2000 Sep;43(3):558-9
7. Demling RH., Oxandrolone, an anabolic steroid, enhances the he****g of a cutaneous wound in the rat., Wound Repair Regen 2000 Mar-Apr;8(2):97-102
8. J Clin Endocrinol Metab. 2004 Oct;89(10):4863-72.
9. Demling RH, Orgill DP., The anticatabolic and wound he****g effects of the testosterone analog oxandrolone after severe burn injury., J Crit Care 2000 Mar;15(1):12-7
10. Hart DW, Wolf SE, Ramzy PI, Chinkes DL, Beauford RB, Ferrando AA, Wolfe RR, Herndon DN., Anabolic effects of oxandrolone after severe burn., Ann Surg 2001 Apr;233(4):556-64
11. Demling RH, DeSanti L., The rate of restoration of body weight after burn injury, using the anabolic agent oxandrolone, is not age dependent., Burns 2001 Feb;27(1):46-51
12. Demling RH, DeSanti L., Oxandrolone, an anabolic steroid, significantly increases the rate of weight gain in the recovery phase after major burns., J Trauma 1997 Jul;43(1):47-51
13. Papadimitriou A, Preece MA, Rolland-Cachera MF, Stanhope R., The anabolic steroid oxandrolone increases muscle mass in prepubertal boys with constitutional delay of growth., J Pediatr Endocrinol Metab 2001 Jun;14(6):725-7
14. Doeker B, Muller-Michaels J, Andler W, Induction of early puberty in a boy after treatment with oxandrolone? Horm Res 1998;50(1):46-8
15. J Appl Physiol 96: 1055-1062, 2004. First published October 24, 2003; doi:10.1152/japplphysiol.00808.2003
8750-7587/04
16. James JS., Wasting syndrome: oral oxandrolone re-released in U.S., AIDS Treat News 1995 Dec 22;(no 237):3-4
17. Drugs. 2004;64(7):725-50.
18. Mt Sinai J Med. 1999 May;66(3):201-5.

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