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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Contribuição - Substâncias Introdução (Icaro)

Um pouco sobre cada substância.

Álcool benzílico: É usado como um solvente geral para tintas, lacas, essências e revestimentos a base de resinas epóxi. É também um precursor para uma variedade de ésteres, usados em sabões, perfumes, e flavorizantes, assim como na síntese de fármacos. Exibe propriedades bacteriostáticas e antipruriginosas.

Óleo de semente de uva: Utilizadas para fabricação de vinho, sucos e alimentos, as uvas também servem de fonte para extração de óleo vegetal. O óleo extraído da semente de uva possui um elevado teor de tocoferol e ácido linoleico, que são responsáveis pelas suas diversas aplicações. O tocoferol, mais conhecido como vitamina E, é um super antioxidante que ajuda na manutenção e regeneração do tecido cutâneo, revitalizando-o. O ácido linoleico ou ômega 6 é um ácido graxo com propriedades anti-inflamatórias, muito importante na cicatrização de feridas.

Guaiacol: É usado medicalmente como um expectorante, antiséptico, e anestésico local. Guaiacol é também usado na preparação do eugenol2 e vanilina3.Por causa de sua natural habilidade em mudar de cor, é algumas vezes usado como indicador em vários experimentos envolvendo enzimas.
álcool isopropílico: tem uma propriedade não só de limpar especialmente componentes eletrônicos mas também de retirar água. graças à estrutura espacial da molécula de álcool isopropílico, ele remove as moléculas de água ligando-se com elas por pontes de hidrogênio.

BA= benzyl alcohol
BB= benzyl benzoate

Contribuição - Links Úteis (Icaro)

Links úteis. Neste tópico vou postar alguns links de onde conseguir os materiais.

Vial.
www.adrialaboratorios.com.br
http://www.samavidros.com.br/sama93.asp

Óleo, filtro atc.
http://loja.taroa.com.br
http://www.bvp.com.br

Bomba de vácuo manual:
http://www.lojadomecanico.com.br/…/bomba-de-vacuo-manual-pl…

Sistema de filtração completo:
Hermonlab.loja2.com.br

Seringas:
Fibracirurgica.com.br

Contribuição - Esterilização Instrumentos (Icaro)

Falando um pouco sobre esterilização dos instrumentos.

A primeira coisa que você deve estar pensando é a prática de isolamento de superfícies e artigos esterilizados.

Ou seja, se uma peça é estéril, não se esqueça que ele não toque em nada que não é estéril. Se suas mãos tocar em algo que você não esterilizados, luvas de swap. Pense nisso como um tatuador, um piercer, ou seu doc faria. A contaminação cruzada pode destruir o produto final.

O que se deve manter esterilizado:

1. Rolhas e frascos.
2. Qualquer coisa que você pode estar usando para transferir a solução esterilizada de um recipiente maior para uma menor, se for o caso.
3. Seus filtros finais.

Esterilização de frascos e tampas:

1. Limpe os frascos
um. Lava-se com sabão e água destilada, lavagem com água destilada
b. Lavar uma segunda vez com um álcool de sua escolha. Eu prefiro usar isopropílico. A acetona é também aceitável

2. Seca e calor seus frascos.
a. Coloque-os de cabeça para baixo em uma assadeira que tenha sido devidamente limpo com um anti-séptico.
b. Preaqueça o forno a 350 *. Coloque os frascos no forno e deixar o jogo por cerca de 30 minutos, deixe os frascos arrefecer à temperatura ambiente e, em seguida, repita o processo.
3. Mergulhe rolhas de uma solução de peróxido de hidrogénio durante um período mínimo de 10 minutos.

domingo, 12 de abril de 2015

Homebrewing en Mexico

Se nós temos o jeitinho brasileiro, o mexicano tem o arriba arriba.
Quem não tem becker, cooka no copo mesmo.


sábado, 11 de abril de 2015

Home Brewing - Informações Básicas

Ignore as propagandas envolvidas.
A informação passada é correta.



A calculadora pode ser utilizada a do site basskilleronline.com:

http://www.basskilleronline.com/steroid-powder-calculator.html

TAMOXIFENO - PERFIL

Tamoxifeno
Autor Anthony Roberts
Retirado de forums.steroid.com
Traduzido, Adaptado e Complementado por MRJP



(Tamoxifeno + Éster Citrato)
Peso Molecular(base): 371.5212
Peso Molecular(éster): 192.125
Dose Efetiva: 20-40mg/dia
Apresentações: Citrato de Tamoxifeno Hexal 10mg/com 30comp R$40, Citrato de Tamoxifeno Hexal 20mg/com 30comp R$70,Nolvadex 10mg/comp 30comp R$75,
Nolvadex 20mg/comp 30comp R$150

Esta é uma droga usada no tratamento e prevenção do câncer de mama. No final dos anos 80 começou a ser especulado seu uso na prevenção da ginecomastia. O tamoxifeno costuma ter três definições: anti-estrógeno (anti-e, que é uma definição errada), trifeniletileno e modulador seletivo dos receptores estrogênicos (MSRE, que é a definição correta). Os MSREs são compostos com atividades estrogênicas seletivas nos diversos tecidos. Os objetivos farmacológicos desses fármacos são produzir ações estrogênicas nos tecidos onde elas são benéficas (ossos, cérebros e fígado) e não ter qualquer atividade ou produzir ação antagonista em tecidos como mama e endométrio onde as ações estrogênicas poderiam ser deletérias.

O tamoxifeno apresenta várias aplicações para usuários de esteróide. A primeira e mais conhecida é a na prevenção da ginecomastia. Ele faz isso competindo com o estrógeno pelo receptor estrogênico mamário. Podemos dizer que o seu efeito se resume somente a esse bloqueio(1), uma vez
que mesmo com o uso do tamoxifeno os valores de estradiol se mantém inalterados. Então, se você vai ciclar com uma droga que se converta a estrógenos o uso de tamoxifeno deve ser considerado.

O tamoxifeno não é o composto mais potente que podemos usar em um ciclo, mas é provavelmente o mais seguro, uma vez que não reduz os níveis os níveis circulantes de estradiol que podem ter alguns benefícios no crescimento muscular. Estrógeno também é importante no funcionamento do sistema imunitário, porém o perfil lipídico (tanto HDL quanto LDL) podem aumentar na administração do tamoxifeno(4). Muitos bodybuilders, atualmente, usam esse medicamento durante seus ciclos pelos benefícios na saúde que ele promove. Se você estiver se preparando para uma competição você deve usar algo que "sugue" a maioria do estrógeno para fora do seu corpo. Você pode usar tamoxifeno, para se manter saudável, e então entrar com um anti-aromatizante nas últimas oito semanas.

Tamoxifeno ainda tem outras importâncias para os usuários de esteróide. Homens inférteis e com hipogonadismo que tomaram tamoxifeno apresentaram um aumento importante nos níveis séricos de LH e FSH e, o mais importante, de testosterona(2)(3). A melhor estimativa que eu posso te dar, de acordo com minhas pesquisas, é de que 20mgs de tamoxifeno vão aumentar seus níveis de testosterona em algo como 150%(5) e, certamente, é uma ótima pedida em uma TPC. Isso nos mostra que se você tomar tamoxifeno depois de um ciclo, quando você está tentando aumentar seus níveis de testosterona, LH e FSH aos níveis normais, a recuperação vai ser muito melhor. Se eu tivesse que escolher somente um composto para a TPC, o tamoxifeno seria minha escolha. Em comparação, seria necessária uma dose de 150mgs de clomifeno para produzir esse nivel de elevação nas taxas de
testosterona, e além disso o tamoxifeno também aumenta significantemente o nível de resposta do LH ao LHRH depois de 6 semanas. O tamoxifeno é simples e seguro para usos longos (mais de 16 semanas).

Infelizmente o tamoxifeno não é perfeito. Paradoxalmente ele parece reduzir os ganhos em alguns atletas. Isso não se deve a redução dos níveis de estrógeno (já que ele não age nisso) mas sim a sua possível habilidade de reduzir os níveis de IGF (Insulina como Fator de Crescimento) que é importante para o crescimento muscular.

Bibliografia

1. Klin Padiatr. 1987 Nov-Dec;199(6):389-91.
2. Stimulation of calcitonin secretory capacity by increased serum levels of testosterone in men treated with tamoxifen. Int J Androl. 1987 Dec;10(6):747-51.
3. Hormonal changes in tamoxifen treated men with idiopathic oligozoospermia Exp Clin Endocrinol. 1988 Dec;92(2):211-6.
4. 2 Bruning PF, Bronfer JMG, Hart AAM, Jong-Bakker M, tamoxifen, serum lipoproteins and cardiovascular risk, Br. J. Cancer 1988 Oct, 58 (4) 497-9
5. Fertil Steril. 1978 Mar;29(3):320-7.
6. GOODMAN & GILMAN, As Bases Farmacológicas da Terapêutica, ed. 10, Mc Graw Hill, pag. 1213, 2003.

BIGGER STRONGER FASTER - Documentário sobre Esteróides



Um dos melhores documentários já feitos sobre esteróides anabolizantes.

Laboratórios Underground - a.k.a Home Brewing



Nesse pequeno vídeo podemos ter uma prévia de como funcionam alguns dos laboratórios clandestinos que existem espalhados pelo mundo.

DROSTANOLONA - PERFIL

Por Bill Roberts - Masteron - Drostanolona propionato

Também conhecido como propionato de drostanolona tinha sido anteriormente uma droga rara nos Estados Unidos e foi apreciado principalmente pelos nossos amigos europeus. Isto deveu-se nunca foi produzida em grande quantidade pela Syntex e nunca sendo comercializado nos Estados Unidos.

Ele atualmente está disponível a partir de vários farmacêuticas e fornecedores. Muitos também fazem home-preparados injetáveis ​​de pó fornecidos por várias fontes.

Masteron não é afetado pela aromatase e 5alpha-reductase enzimas e, portanto, não há problemas com estrógeno ou com potencialização (aumento do efeito) em tecidos como a pele e de próstata. Na verdade, Masteron é um pouco anti-estrogênicas, devido à competição com o estradiol no receptor de estrogênio, embora não se ativar o receptor, e talvez por também competir com testosterona para o sítio de ligação da enzima aromatase, reduzindo assim a conversão.

Este é um benefício, quando apenas uma quantidade moderada de esteróides aromatizing são usados ​​e nenhum outro anti-estrogênio é usado. Não é, no entanto, suficiente para totalmente lidar com altas doses de esteróides aromatizing, ou pelo menos não com doses típicas de Masteron, e é desnecessário quando mais eficaz anti-estrogênios são empregados.

Mas o controle de estrógeno não é o principal benefício do Masteron. É uma classe que eu eficaz anabolizantes que é pobre em efeitos secundários adversos. Embora tenha sido injustamente acusado de ser um fraco anabolizantes, devido a pelo menos dois fatores envolvidos, que têm confundido o problema, na verdade, tem potência bem típico.

O primeiro fator, como é que uma conclusão de fraqueza geralmente é feito em doses baixas no qual alguns esteróides anabolizantes excel. As concentrações normalmente fornecido tendem a levar a usos de 350 mg / semana ou uma quantidade ainda menor. Esteróides anabolizantes geralmente não são tremendamente poderoso em 350 mg / semana, seja individualmente ou mesmo em combinação, de modo que realmente não há prova contra Masteron que não incendiar a casa em que dosagem.

Use a 700 mg / semana ou um grama por semana é inteiramente razoável, e com uma dosagem mais substancial como este, Masteron executa de forma muito satisfatória.

No caso em que um usuário não quiser usar bastante esse tanto devido à despesa ou disponibilidade, que, claro, é possível - embora contrária à tendência humana para favorecer números redondos - de injetar quantidades, como 75 mg por dia, ou 150 mg em dias alternados, o que totaliza a 525 mg / semana. Isto não é maximamente eficaz, mas proporciona uma melhoria muito útil em comparação com 350 mg / semana.

Uma segunda razão para a subestimação da potência do Masteron é negligenciar que nenhuma classe I esteróides dá resultados máxima sem complementares composto Classe II a ser utilizado concomitantemente. Esta droga não é excepção.

Para o uso maior a dose, eu recomendo, se não for usar qualquer aromatizable outros esteróides em combinação, acrescentando pelo menos uma pequena quantidade de testosterona para ter certeza de manter os níveis de estrogênio normal. Alternadamente, em baixa dose use HCG podem ser empregadas.

Masteron é um substituto útil para qualquer trembolona ou Primobolan.

Uma propriedade que compartilha com Masteron Primobolan, mas que difere da trembolona, ​​é que ele tem tendência relativamente pouco para suprimir o HPTA quando usado em doses baixas. Eu ainda não estabelecida como uma dose alta pode ser utilizado, mantendo apenas a inibição mínima de testosterona natural, mas 100 mg / semana é muito útil e benéfico visivelmente fora de ciclo. Gostaria de recomendar que não seja empregada até que a produção natural de testosterona é totalmente restaurado, no entanto.

Masteron tem sido favorecido para o corte, para o qual é realmente útil, mas não é obrigatório, pois há outros esteróides anabolizantes, que são igualmente eficazes para o efeito.

Embora normalmente não há nenhum ponto em particular na utilização de mais de uma classe que eu esteróides em uma pilha, já que nenhum deles para fazer um trabalho no edifício do músculo que os outros não, onde um está preocupado com os efeitos colaterais que são específicos para outra Classe I esteróides sendo usado, ele pode fazer sentido usar uma dose mais moderada do que esteróides e empregar Masteron para o restante da classe desejada eu actividade. Neste caso, como o outro composto como também estará contribuindo substancialmente para proporcionar essa atividade, uma dose moderada, como Masteron 100 mg a cada dois dias pode produzir efeito total suficiente tal.

Ou como é o caso com quase todos os esteróides anabolizantes, Masteron pode ser rentável adicionado à testosterona, geralmente sem a adição de efeitos colaterais visíveis.

Drostanolona propionato é o nome químico do ingrediente ativo em Masteron. Masteron foi uma marca registrada da Sarva-Syntex na Bélgica e / ou em outros países antes do cancelamento.

HALOTESTIN - PERFIL

Halotestin
Autor Anthony Roberts
Retirado de forums.steroid.com
Traduzido, Adaptado e Complementado por MRJP



(Fluoximesterona)
[9-alfa-fluoro-11-beta-hidroxi-17-alfa-metil-4-androstene-3-um,17b-ol]
Peso Molecular(base): 336.4457
Fórmula Química(base): C20 H29 F O3
Ponto de Fusão(base): 240ºC
Fabricante: UpJohn
Data de Lançamento: 1957
Dose Efetiva(Homens): 10-40mg/dia
Dose Efetiva(Mulher): Não recomendado
Tempo de Ação: 6-8 horas
Tempo de Detecção: 2 meses
Relação Anabolismo/Androgenicidade: 1.900:850

Halotestin. Esse esteróide lendário entre levantadores e atletas de força.

A primeira coisa que se observa é a relação absurda de anabolismo/androgenicidade dessa droga, ela é 19.5x mais anabólica que a testosterona e 8.5x mais androgênica. Esses números, infelizmente não são tão realistas, e por relatos de usuários Halotestin não é muito diferente de uma testosterona.

Essa droga costuma ser usada nas competições de força, no bodybuilder tem uso somente nas semanas finais de treinamento para fornecer um físico seco e dar alguma agressividade antes do treinamento na fase de depleção de carboidratos. Halotestin não apresenta nenhuma atividade estrogênica não existindo dessa forma, efeitos relacionados a ele. É, porém, hepatotóxico sendo recomendada doses ao redor de 40mg/dia por no máximo 4-6 semanas. Se o seu uso for simplesmente para conseguir aumentar a agressividade, as doses podem ficar ao redor de 10mg/dia antes do treino. Dessa forma, a inibição do eixo HPT é mínima.

Ele também pode provocar aumento do volume, e para quem apresenta um percentual de gordura baixo, isso causará uma excelente impressão. Halo também apresenta a capacidade de aumentar o hematócrito, níveis de hemoglobina e células vermelhas(4)(5)(6). Sua ação parece ser em conjunto com a eritropoietina(11). Suas ações nas células vermelhas são os mecanismos principais pelo seu papel no aumento da força e energia, e também justificam sua escolha em esportes como futebol, rugby e artes marciais.

Apresenta papel no aumento de força e na perda de gordura pela regulação da oxidação dos ácidos graxos no fígado e desempenha ações na mitocôndria da célula muscular(2). Halo apresenta uma fraca ligação ao receptor androgênico(14), podendo ser comparado ao stanozolol. É uma droga útil para ciclos de cutting e de força.

A administração da fluoximesterona produz uma redução nos níveis da globulina ligadora da tireóide, diminuindo os níveis de T3, enquantos os níveis de T4 livre permanecem inalterados, mostrando que a função tireoideano não foi alterada. Ocorre também supressão do eixo HPT. Não ocorre alterações na secreção de TSH, porém ocorre uma redução do pico e integração da resposta do TSH ao TRH. Os níveis de prolactina não se alteram(8). Doses abaixo de 20mg/dia, não parecem suprimir muito o HPT(9).

Halotestin é derivado da testosterona e apresenta um grupo beta-11 ligado, para inibir a aromatização, porém sofre bastante ação da 5alfa-redutase podendo causar efeitos relacionados ao DHT. É metabolizado primariamente pela 6-beta-hidroxilase, 4-ene-redutase, 3-keto-redutase e 11-hidroxi-oxidase. Sabemos disso pela identificação de quatro metabólitos.

Bibliografia

1. Treatment with anabolic steroids increases the activity of the mitochondrial outer carnitine palmitoyltransferase in rat liver and fast-twitch muscle. Biochem Pharmacol. 1991 Mar 1;41(5):833-5.
2. Effects of synthetic androgen fluoxymesterone on triglyceride secretion rates in the rat.Proc Soc Exp Biol Med. 1975 Jun;149(2):452-4.
3. Metabolism of anabolic steroids in humans: synthesis of 6 beta-hydroxy metabolites of 4-chloro-1,2-dehydro-17 alpha-methyltestosterone, fluoxymesterone, and metandienone. Steroids. 1995 Apr;60(4):353-66.
4. Influence of fluoxymesterone on in vitro erythropoiesis affected by leukemic cells.Exp Hematol. 1984 Mar;12(3):171-6.
5. [Erythropoietin in serum and urine in healthy persons and patients with chronic renal disease upon hypoxic stimulation and hypoxic stimulation after pretreatment with fluoxymesterone (author's transl)]
6. Fluoxymesterone therapy in anemia of patients on maintenance hemodialysis: comparison between patients with kidneys and anephric patients. J Dial. 1977;1(4):357-66
7. Combination hormonal therapy with tamoxifen plus fluoxymesterone versus tamoxifen alone in postmenopausal women with metastatic breast cancer. An updated analysis.Cancer. 1991 Feb 15;67(4):886-91.
8. Effect of non aromatizable androgens on LHRH and TRH responses in primary testicular failure.Horm Metab Res. 1984 Sep;16(9):492-7.
9. The effect of synthetic androgens on the hypothalamic-pituitary-gonadal axis in boys with constitutionally delayed growth. J Pediatr. 1979 Apr;94(4):657-62.
10. The effect of synthetic androgens on the hypothalamic-pituitary-gonadal axis in boys with constitutionally delayed growth. J Pediatr. 1979 Apr;9(4):657-62.
11. Steroids and hematopoiesis. II. The effect of steroids on in vitro erythroid colony growth: evidence for different target cells for different classes of steroids. J Cell Physiol. 1976 Jun;88(2):135-43.
12. Testing for fluoxymesterone (Halotestin) administration to man: identification of urinary metabolites by gas chromatography-mass spectrometry. J Steroid Biochem. 1990 Aug 28;36(6):659-66.
13. Toxic effects of anabolic-androgenic steroids in primary rat hepatic cell cultures. J Pharmacol Toxicol Methods. 1995 Aug;33(4):187-95.
14. Relative binding affinity of anabolic-androgenic steroids: comparison of the binding to the androgen receptors in skeletal muscle and in prostate, as well as to sex hormone-binding globulin.Endocrinology. 1984 Jun;114(6):2100-6.
15. The relationship of androgen to the thyrotropin and prolactin responses to thyrotropin-releasing hormone in hypogonadal and normal men. J Clin Endocrinol Metab. 1981 Feb;52(2):173-6.

STANOZOLOL - PERFIL

Stanozolol
Autor Anthony Roberts
Retirado de forums.steroid.com
Traduzido, Adaptado e Complementado por MRJP



(Stanozolol)
[17b-hidroxi-17-metil-5alfa-andorstano[3,2-c]pirasol]
Peso Molecular(base): 344.5392
Fórmula Química(base): C22 H36 N2O
Ponto de Fusão(base): N/A
Fabricante: Sterling (originalmente) e Zambon (atualmente)
Data de Lançamento(EUA): 1962
Dose Efetiva(Homens): 50-100mg/dia
Dose Efetiva(Mulher): 2.5-10mg/dia
Tempo de Ação: 8 horas
Tempo de Detecção: 3 semanas (oral) e 9 semanas (injetável)
Relação Anabolismo/Androgenicidade: 320:30
Apresentações: Winstrol 2mg/comp U$21, Winstrol Depot 50mg/ml U$19

Stanozolol é muito comum em ciclos de cutting. Enquanto muitas pessoas tentam usar o Dbol e até mesmo o Hemo em ciclos de cutting nunca vi nenhum relato de uso de Stanozolol se não para esse fim. Então que fique bem frisado, Stanozolol é uma droga de cutting. Poucas pessoas usaram ele em ciclos para ganho de peso. Não é um composto eficaz no tratamento da anemia(1) e assim, pode-se afirmar que sua função em um ciclo para ganho de peso é muito limitada.

Um novo uso para o stanozolol em qualquer ciclos (até mesmo os para ganho de peso) seria o uso em doses muito limitadas com o objetivo de reduzir os níveis de SHBG(2). Uma das propriedades mais fortes do stanozolol (por ser um derivado do DHT) consiste em sua habilidade de reduzir os níveis de SHBG muito mais que qualquer outro esteróide. Uma dose de 0.2mg/kg diminuiram
significantemente os níveis de SHBG, o que pode aumentar a quantidade de testosterona livre circulando no corpo. Assim como 99% do esteróides, convém dizer que ocorrerá supressão dos níveis naturais dos seus hormônios (não tão fortemente como com outros esteróides)(10). Assim torna-se aconselhável o uso de uma testosterona junto com o stanozolol para evitar disfunções sexuais.

Adiciona-lo a um ciclo pesado para ganho de peso, parece ser um problema pois o stanozolol é um composto 17aa, isto é, foi alterado para sobreviver ao metabolismo de primeira passagem no fígado. Isso o torna ativo oralmente e hepatotoxico. Na relação mg por mg stanozolol apresenta uma das maiores hepatotoxicidade entre os esteróides. Esse é o problema do seu uso em um ciclo para muito ganho de peso onde geralmente o ciclo é muito pesado em dosagens e assim na toxicidade. Também apresenta resultados negativos no Colesterol, 6mg/dia de stanozolol podem diminuir os níveis de HDL em 33% e aumentar os de LDL em 29%(3). Hipertrofia cardíaca, mesmo em baixas doses, é um consenso no uso de stanozolol(4). Foram observadas também hipertensão com diferentes alterações hemodinâmicas e alterações no controle reflexo do coração em diferentes doses de stanozolol(13). Por isso o uso de stanozolol é muito limitado, em algo como 6 semanas (apesar de relatos de 12 semanas de uso sem problemas). Há relatos de uso de stanozolol por 12 semanas na dosagem de 100mg/DSDN (junto com Propionato de Testosterona 125mg/DSDN) e nenhum efeito colateral. As juntas se mantiveram ok e a única reclamação é a dor das injeções. Geralmente é relatado uma menor lubrificação nas juntas com o uso dessa droga e também um efeito seco no aspecto geral. Isso pode ocorrer por um mecanismo de osmose reversa. É contraditória a opinião sobre stanozolol e tendões (alguns dizem que enfraquece e outros que fortalece). O stanozolol mostrou-se benéfico na prevenção de osteoporose induzida por glicocorticóide através do aumento na densidade mineral óssea e na biomecânica do osso(15) e também foi usado em ulcerações no tendão de aquiles(16). Na dúvida é recomendado que atletas que dependem de explosão
ou esportes de alto impacto se mantenham longe dessa droga. Mostra-se benéfica, também, nos receptores ósseos induzidos por glicocorticóides(5) e na síntese de colágeno(11), porém com todos esses paradoxos atletas de força e velocidade devem se manter longe, para evitar possíveis dores articulares.

O mecanismo de hepatotoxicidade dos esteróides anabólicos ainda não é completamente elucidado. Um estudo usando doses de 2mg/kg de stanozolol por cinco dias na semana durante oito semanas indicou um stress oxidativo no fígado a despeito do up-regulation da atividade das enzimas antioxidantes(14).

Esse composto é apresentado na forma oral e injetável, porém a forma injetável é superior em termos de retenção de nitrogênio(6) e assim, para o anabolismo geral. A forma injetável também evita o metabolismo de primeira passagem, diminuindo um pouco o stress hepático.

Stanozolol também é um composto seguro para mulheres ja que sua relação anabolismo/androgenicidade tende para o lado anabólico. A dose usual fica entre 5-10mg/dia. Já homens podem usar doses ao redor de 0.5-1.5mg/kg por dia. É sugerida a ingestão de 100mg/DSDN ou 50mg/dia(melhor).

Ja que o nível anabólico dessa droga é muito alto comparado as ações androgênicas as pessoas não costumam relatar muitas perdas no pós-ciclo. Interessantemente, o stanozolol se liga fracamente ao receptor androgênico (AR)(7) o que não é usual em esteróides de cutting. A maioria dos efeitos dessa droga, construção de músculos, é provavelmente devido a sua grande habilidade de síntese proteica(6)(8). Porém foi provado em estudo que um única injeção de stanozolol causa uma rápida depleção citosólica do AR no músculo esquelético ratos, assim pode-se concluir que esteróides anabólicos com pouca afinidade pelo AR (assim como stanazolol) pode atuar no AR para produzir respostas biológicas(12). Além disso, por ser um derivado do DHT, ele tende a promover ganhos de qualidade, com nenhuma retenção hídrica. Stanozolol não aromatiza em nenhuma dose e é especulada uma propriedade anti-progestogênica de sua parte (em alguns casos parece bloquear esses receptores)(9). Os compostos que podem ser usados juntos incluem o tamoxifeno por seu efeito benéfico nos lipídeos sanguíneos. A TPC deve ser respeitada.

Bibliografia
1. Trop Doct. 2004 Jul;34(3):149-52.
2. J Clin Endocrinol Metab. 1989 Jun;68(6):1195-200
3. JAMA. 1989 Feb 24;261(8):1165-8.
4. J Steroid Biochem Mol Biol. 2005 Jan;93(1):43-8. Epub 2005 Jan 25.
5. Di Yi Jun Yi Da Xue Xue Bao. 2003 Nov;23(11):1117-20.
6. Can J Vet Res. 2000 Oct;64(4):246-8.
7. Endocrinology. 1984 Jun;114(6):2100-6.
8. J Am Vet Med Assoc. 1997 Sep 15;211(6):719-22
9. Agents Actions. 1994 Mar;41(1-2):37-43.
10. Chemical Muscle Enhancement
11. J Invest Dermatol. 1998 Dec;111(6):1193-7.
12. Anabolic-androgenic steroid interaction with rat androgen receptor in vivo and in vitro: a comparative study. Feldkoren BI, Andersson S.
13. Effects of chronic anabolic steroid treatment on tonic and reflex cardiovascular control in male rats. Beutel A, Bergamaschi CT, Campos RR.
14. Effects of prolonged stanozolol treatment on antioxidant enzyme activities, oxidative stress markers, and heat shock protein HSP72 levels in rat liver. Pey A, Saborido A, Blazquez I, Delgado J, Megias A.
15. Effects of stanozolol on bone mineral density and bone biomechanical properties of osteoporotic rats. Liao JM, Wu T, Li QN, Hu B, Huang LF, Li ZH, Yuan L, Zhong SZ.
16. Torpid ulcer on the achilles tendon: conservative treatment with stanozolol and pinch grafting. Redondo P, Lloret P, Bauza A.

BOLDENONA - PERFIL

Boldenona
Autor Anthony Roberts
Retirado de forums.steroid.com
Traduzido, Adaptado e Complementado por MRJP



(Boldenona Base + Éster Undecilinato)
[17-beta-4-hidroxiandrosta-1,4-dien-3-um]
Peso Molecular(base): 281.4132
Peso Molecular(éster): 186.2936
Fórmula Química(base): C19 H26 O2
Fabricante: Vários
Dose Efetiva(Homens): 200-600mg/sem
Dose Efetiva(Mulher): 50-100mg/sem
Tempo de Ação: 15 dias
Tempo de Detecção: Mais de 5 meses
Relação Anabolismo/Androgenicidade: 100:50
Apresentação:Equifort

Este produto foi criado com o objetivo de ser uma metandrostenolona injetável de longo período de ação. O que se sabe hoje é que esse produto nada tem a ver do o Dbol, a não ser na fórmula química. Um simples forma de pensar seria que a boldenona, quimicamente, é uma metandrostenolona sem o grupo 17aa. Porém quem conhece sabe que em termos de resultado os dois são muito diferentes.

Para fazer a boldenona, foi inserida uma dupla ligação entre os carbonos dos átomos 1 e 2 do núcleo esteróide da testosterona. O que isso significa? Primeiro que a boldenona foi criada a partir de uma simples modificação da molécula de testosterona, o que nos faz pensar que existem muitas semelhanças entre elas. Boldenona é tão anabólica quanto a testosterona, mas possui somente metade da androgenicidade. Porém isso engana, pois não exitem relatos de pessoas dizendo ter ganho a mesma quantidade de peso com boldenona em relação a testosterona. Não é muito comum comparar essas duas substâncias, o mais comum é a comparação entre nandrolona e boldenona (fato esse atribuido a Dan Duchaine que disse que a boldenona era similar a nandrolona porém mais potente). Porém ela não age como a nandrolona, que é uma progestina e um esteróide derivado do 19-nor. Duchaine depois disse ter se decepcionado com os ganhos da boldenona em relação a nandrolona, porém disse que ela era uma melhor droga para força e vascularização.

Boldenona sofre uma aromatização muito lenta, algo como metade da velocidade em relação a testosterona(1). Isso nos estudos, ja que a maioria dos atletas não relatam efeitos relacionados ao estrógeno, mesmo em altas doses. Virilização também não ocorre com a utilização desse composto. Isso a torna um dos poucos compostos injetáveis de uso seguro para as mulheres. Boldenona também apresenta uma resistência em relação a ação da enzima 5alfa-redutase(2)(3), que transforma uma pequena quantidade de boldenona em dihidroboldenona que é um andrógeno muito potente(4). Esse fato, associada a baixa taxa de aromatização torna desnecessário o uso de qualquer substância "protetora" em conjunto com a boldenona.

Atletas que usam boldenona relatam um ganho lento e constante de qualidade muscular, que pode estar relacionado com o longo ester ligado a boldenona. Isso torna necessário o uso por no mínimo doze semanas. Existem hojem éster menores ligado a boldenona.

A dose ideal parece ser a de 600mg/sem, e muitos relatam nenhum ganho adicional com doses maiores que essa. Porém o salto entre 400mg/sem e 600mg/sem parece produzir ganhos adicionais notáveis.
Um dos efeitos mais pronunciados da boldenona é sua habilidade de aumentar a taxa de células vermelhas no sangue (fato esse muito comum aos anabolizantes, porém um pouco mais forte com esse composto) e estimular o apetite, e é por causa desse efeitos que muitos incluem boldenona em ciclos para ganho de massa. Porém, devido a sua habilidade de promover ganhos de qualidade, ele também é uma ótima pedida para ciclos de cutting. Doses mais baixas constumam ser combinadas com esteróides injetáveis de meia vida curta como propionato de testosterona.

Como todos esteróides, boldenona irá inibir o seu HPT o que torna aconselhável o uso de alguma testosterona junto (para evitar qualquer disfunção sexual). Uma TPC bem feita também é indispensável.

Bibliografia

1. Endocrinology 71 (1962) 920-25
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OXIMETOLONA - PERFIL

Oximetolona
Autor Anthony Roberts
Retirado de forums.steroid.com
Traduzido, Adaptado e Complementado por MRJP



(Oximetalona)
[17beta-hidroxi-2-hidroximetileno-17 alfa-metil-5 alfa-androsten-3-um]
Peso Molecular(base): 332.482
Fórmula Química(base): C21 H32 O3
Ponto de Fusão(base): 178-180ºC
Fabricante: Syntex (originalmente)
Data de Lançamento(EUA): 1960
Dose Efetiva(Homens): 100-200mg/dia
Dose Efetiva(Mulher): Não recomendado
Tempo de Ação: 16 horas
Tempo de Detecção: Mais de 8 semanas
Relação Anabolismo/Androgenicidade: 320:45
Apresentações: Hemogenin 50mg 10 comprimidos, R$16

A oximetalona foi originalmente produzida com o objetivo de ajudar pessoas com anemia e está sendo usado com muito sucesso por pessoas com diversas doenças, que tem como um dos problemas a perda de peso. Claramente ele é um agente muito bom para ganho de peso, de força, aumento de apetite e em aumentar a contagem de células vermelhas. Além disso possui efeitos colaterais como outros AAS como: inibição do eixo HPT, afeta negativamente o perfil lipídico, retenção líquida, dor de cabeça e hepatotoxicidade (tem a pior reputação, nesse sentido, entre os esteróides). Um efeito comentado pela Syntex é que se tomado em grandes doses pode inibir o apetite.

Oximetalona é um derivado do DHT e é 17aa (o que o torna muito hepatotoxico). Existe um estudo onde ela foi usada por 30 semanas e muitos efeitos colaterais foram notados. Esse estudo foi feito com pessoas aidéticas que relatavam perdas. Foi observado um ganho de peso (+8kgs) enquanto o grupo controle perdeu peso e um aumento na taxa de mortalidade(1). O ganho de peso nesse estudo aconteceu até a 19-20 semana, o que torna as últimas 10 semanas inúteis. Lógico que você não deve administrar oximetalona por 20 semanas, devido sua toxicidade, mas depois disso qualquer ganho de peso e força é negligenciado. Então, tirando os efeitos adversos e o fato do estudo ser em uso muito longo (30 semanas), esse droga pode ser usada de forma segura. As pessoas comumente relatam o uso por quatro semanas ou menos, porém a droga pode ser usada por até seis semanas ou um pouco mais. Relatos indicam que os ganhos são mais dramáticos nas primeiras três semanas e depois vão diminuindo e os efeitos adversos penduram por todo o uso, porém grande parte desses efeitos é lenda. Como a oximetalona é um derivado do DHT ele não pode sofrer aromatização e formar estrógeno e ele não é um composto progestênico com isso efeitos colaterais estrogênicos ocorrem de maneira não conhecida. É especulado que ela pode estimular o receptor estrogênico sem ser convertido em estrogênio. Em estudos onde foi usado oximetalona para alterar a função reprodutiva/menstrual feminina observou-se baixos níveis sanguíneos de progesterona(7). O uso de inibidores da aromatase é considerado muito para essa droga, porém um estudo com letrozol (que em alguns casos mostrou reduzir o estrogênio para níveis indetectáveis)(6) mostoru que ele pode reduzir muito os efeitos colaterais da oximetalona.

Os efeitos adversos dessa droga certamente não são brincadeira, mas podem ser facilmente previnidos e controlados. Um estudo mostrou poucos colaterais com a administração de 100mg/dia(2). A hepatotoxicidade da oximetalona é um pouco exagerada por algumas pessoas.

Como devemos usar? Ela deve ser inclusa em um ciclo om estreróides injetáveis mas não outros compostos 17aa. Usaria esse composto nas seis semanas iniciais do ciclo como uma forma de ataque, para ver os ganhos rápido. Esses ganhos rápidos também vão rápido depois que cessa-se o uso, por isso seu uso é usado no começo enquanto se espera os ganhos dos outros esteróides. Esse uso é o mais popular dessa droga. Ela também é muito popular em usuários que necessitam de ganhos de força e não precisam se preocupar com ganho de peso. É importante notar também, que em um estudo por Schroder et al.(2), a oximetalona mostrou ser capaz de reduzir os níveis de SHBG (globulina ligadora de hormônios sexuais, que se liga a testosterona livre e a impede de ter suas ações) em grupos tratados com 50mg e 100mg/dia. Isso quer dizer que haverá uma maior quantidade de testosterona livre no corpo, causando sinergismo com outras drogas.

Oximetalona não se liga bem ao receptor androgênico (AR) (tem a menor ligação vista: Afinidade de Ligação Relativa = muito baixa para ser determinada)(3). Isso mostra que existem muitos efeitos mediados por mecanismos independentes da ligação com o AR o que o torna muito bom para ciclos de ganho de peso, ja que ele não irá competir pelo receptor com outros esteróides. Sua escolha não é recomendada para ciclos de cutting.

Quando deve-se usar? Esse é o fato mais interessante da oximetalona. A maioria dos esteróides produz a chamada "curva dose-dependente" o que da respaldo para o "quanto mais se toma mais se ganha". Ja a oximetalona é um dos poucos esteróides onde essa curva cai rapidamente. Quando você toma 50mg da droga obtêm-se ótimos ganhos. Quando se toma 100mg você tem ganhos maiores. Foi achado que 150mg produzem os mesmos ganhos que 100mg porém produz mais efeitos colaterais e é mais tóxico(4). Um pulo de 50mg para 100mg é aceitável no quesito custo-benefício, porém doses maiores que 100mg não são necessárias. Vamos ver como 50mg e 100mg de oximetalona afeta a força:


Alterações relativas (%) na força para grupos recebendo placebo (barras pretas), 50mg de oximetalona (barras brancas) e 100mg (barras cinzas). Números acima das barras representam a alteração relativa (%) a partir do basal à semanas 12 para a 1RM. Barras de erro representam +-1 SE.

Como pode-se ver, dobrando a dose de oximetalona, dobrou-se os ganhos em força. Agora, quando vemos a alteração corporal pela oximetalona podemos ver que a dosagem de 100mg promove maior perda de gordura e maior ganho de massa magra, porém a diferenção não foi tão dramática como nos ganhos de força.


Alterações na composição corporal são mostradas pelo grupo recebendo placebo (barras pretas), 50mg/dia (barra branca) e 100mg/dia (barra cinza). Os números acima indicam as alterações absolutas e as barras de erro são de +-1SE

É suposto que doses altas de oximetalona podem suprimir o apetite, aumentar a resistência a insulina e a intolerância a glicose(5). Isso torna a absorção de macronutrientes menos eficiente, e pode ser um fator de piora nos ganhos com dosagens muitos maiores que 100mg. Infelizmente a oximetalona altera a produção hormonal natural porém não afeta tão seriamente o perfil lipídico como muitos anabólicos(2). Algumas literaturas médicas sugerem dosagens de 1-5mg/kg/dia.

Observou-se que a oximetalona é cardiotóxica pois aparentemente aumentou a incidência e a severidade de cardiomiopatias(8). Existe o risco de carcinoma hepatocelular (que está associado a oximetalona) e os usuários de esteróides são grupo de risco para tumores hepáticos(9)

Bibliografia

1. Br J Nutr. 1996 Jan;75(1):129-38.
2. Schroeder et al. Am J Physiol Endocrinol Metab 284:E 120-28
3. Endocrinology. 1984 Jun;114(6):2100-6.
4. HIV Clin Trials. 2003 May-Jun;4(3):150-63.
5. J Clin Endocrinol Metab. 1981 Nov;53(5):905-8
6. Epilepsy Behav. 2004 Apr;5(2):260-3
7. Am J Obstet Gynecol. 1973 Sep 1;117(1):121-5.
8. Cardiovasc Toxicol. 2005;5(2):227-44.
9. Am J Hematol. 2004 Nov;77(3):257-67.
Gra. Am J Physiol Endocrinol Metab 284: E120-E128, 2003. First published September 24, 2002; doi:10.1152/ajpendo.00363.2002 0193-1849/03

NANDROLONA - PERFIL

Deca-Durabolin
Autor Anthony Roberts
Retirado de forums.steroid.com
Traduzido, Adaptado e Complementado por MRJP


(Nandrolona Base + Éster Decanoato)
[19-nor-androst-4-en-3-one-17beta-ol]
Peso Molecular(base): 274.4022
Peso Molecular(éster): 172.2668
Fórmula Química(base): C18 H26 O2
Formula Química(éster): C10 H20 O2
Ponto de Fusão(base): 122-124ºC
Ponto de Fusão(éster): 31-32ºC
Fabricante: Organon
Data de Lançamento(EUA): 1962
Dose Efetiva(Homens): 200-600mgs/sem (7mg/kg de Peso Corporal)
Dose Efetiva(Mulher): 50-100mgs/sem
Tempo de Ação: 15 dias
Tempo de Detecção: Mais de 18 meses
Relação Anabolismo/Androgenicidade: 125:37
Apresentações: Deca Durabolin 25mg/ml R$7 - Deca Durabolin 50mg/ml R$14

Decanoato de Nandrolona ("Deca") é um composto 19-Nor e, como esperado, apresenta as mesmas características que todos eles.

Primeira coisa a se considerar é que a Deca (nandrolona de forma geral) não produz muitos efeitos colaterais estrogênicos e androgênicos. Isto ocorre porque a Deca tem uma taxa muito pequena de aromatização, aproximadamente 20% em relação a testosterona.

Existe também a ideia de que a Deca retêm água no tecido conectivo, aliviando dores articulares. Isto ainda não foi comprovado. Existe um estudo em mulheres pós-menopausa que mostra um aumento na síntese de colágeno(1) na utilização de Deca e em outro estudo observa-se um aumento no conteúdo mineral dos ossos(2). Em ambos estudos, foram usadas doses mto pequenas. Estimando-se, baseado nesses dois estudos, atletas que queiram utilizar Deca com um desses dois objetivos (aumentar a síntese de colágeno e a mineralização dos ossos) podem usar uma dosagem próxima de 100mg/semana. Essa é a maior dose que esses dois estudos usaram com sucesso. Mesmo com metade dessa dose, em pacientes HIV+ que apresentavam grandes perdas, uma injeção de 100mg/EOW (semana sim, semana não) de Deca resultou em um significante ganho de peso(5). Uma dose como essa nunca é recomendada à um atleta, somente serve para mostrar as fortes propriedades anabólicas da Deca.

Deca é um anabólico muito bom, causando bons ganhos em qualidade muscular. Isso pode estar relacionado com a sua força moderada de ligação ao receptor androgênico (AR), ou existem muitos efeitos positivos mediados por receptores não-androgênicos. Um efeito notável é a retenção de nitrogênio, que é o fator mais importante no crescimento muscular e nos ganhos de massa magra. Em um estudo com baixas doses (65mg/semana) e outro com altas doses (200mg/semana) foi possível notar um aumento significante na retenção de nitrogênio (33-52g nitrogênio/14 dias, o que representa ganhos de 0.5 a 0.9kg de massa muscular/semana), aumento do peso em 4.5+/-1.2kg sendo 3.1+/-0.5kg de massa magra e aumento da performance cardio-vascular(7). O estudo que usou maiores dosagens teve melhores resultados?? Estudos empíricos mostram que sim, sendo recomendada doses de 400-600mg/sem para ganho de massa muscular.

Além disso não foi notado aumento na concentração plasmática de homocisteína (fator de risco para doenças cardiovasculares) em ratos machos que sofreram administração de 3 e 10mg/kg de Deca semanalmente por 14 semanas(8).

A administração de 200mg/sem de Deca em bodybuilders experientes por 8 semanas levou a um aumento do peso corporal, massa muscular, massa gorda, densidade mineral óssea, conteúdo mineral ósseo e não afetou a hidratação da massa magra(13).

Deca apresenta um longo tempo de ação. Podemos ver no gráfico abaixo que uma infução de 100mg de Deca (representado pelos círculos) produz uma ação relativa e níveis plasmáticos estáveis de nandrolona até, aproximadamente, o dia 10 mostrando ser necessário somente uma injeção por semana para manter os níveis estáveis (convém dizer que o fenilpropionato de nandrolona usado nesse estudo era ativo, e só experimentou queda após o quinto dia...injetá-lo a cada quatro dias parece
ser a melhor forma). Você também pode notar que níveis mais altos de nandrolona são notados quando a administração ocorre na região glútea (isso parece ser verdade para todos os esteróides oleosos).


Em outro estudo, realizado em homens HIV+(6), podemos ver que a Deca (200mg/sem1, 400mg/sem2 e 600mg/sem3-12) não causou nenhum efeito negativo no colesterol total, LDL, triglicérides, sensibilidade à insulina e houve uma redução nos níveis de HDL(8-10 pontos). Podemos ver também, em muitos estudos com homens HIV+, que a Deca melhora o sistema imunitário.

Até onde sabemos, Deca é uma droga segura para usos longos, ajuda em problemas articulares, melhora o sistema imune e é mais anabólica e não muito androgênica.

Deca é conhecido por produzir ganhos musculares com qualidade mas ela precisa ser usada por 12 semanas no mínimo, como comprovado empiricamente. Isso pode causar alguns problemas, mesmo Deca sendo uma droga suave em relação a efeitos colaterais.

A retenção hídrica é um efeito comum da Deca. Letrozol parece ser a escolha preferida para combate-la. Essa retenção torna Deca uma droga para ser usada, preferivelmente, em períodos OFF.

Um estudo feito com 200mg/sem de Deca por 14 semanas mostrou que a mesma não afeta os níveis de lípideos e lipoproteinas e reduz, seletivamente os níveis de lipoproteína a (Lp[a]) que é um fator de risco para aterosclerose(12).

Deca é uma progestina (assim como todas nandrolonas), estimulando o receptor progestogênico em 20% em relação a progesterona(3) e tornando assim possível o aparecimento de diversos efeitos colaterais. É bom dizer que a maioria deles é raro. Esse fato também pode ser a explicação para a
poderosa supressão que a Deca causa na produção endógena de testosterona. Podemos ver no gráfico abaixo que uma simples injeção de 100mg de Deca causou uma total (100%) queda nos níveis naturais de testosterona e levou-se um mês para se retornar aos níveis basais.


A moral da história? Sempre use testosterona com a Deca. É sugerida 200mg/sem, no mínimo, para evitar a impotência e disfunção sexual. Para um efeito anabólico da testosterona é recomendada doses no mínimo duas vezes maiores que essa. É recomendado também o uso de anti-progestogenicos em conjunto com a Deca (Cabergolina ou Bromocriptina[Parlodel/Bagren]).

Em um estudo onde administrou-se Deca em ratos (15mg/kg dia por 14 dias) foi notada a redução das taxas de "substância P endopeptidase-like activity" o que resultou em um aumento da concentração de substância P na área hipotalâmica e núcleo caudado e redução da densidade dos receptores NK1.
Hipóteses dizem que alterações nos níveis de substância P e da densidade do receptor NK1 no cérebro podem explicar as alterações comportamentais em usuários de esteróides anabólicos(9)(11).

Em ratos adultos fêmeas administrou-se uma, duas e três doses de 3mg/kg de Deca na primeira, segunda e terceira semana respectivamente. Notou-se destruição das unidades foliculares, ausência de corpo lúteo (alterções ovarianas); fibrose do estroma endometrial e alterações do epitélio(alterações morfológicas uterinas)(10).

Deca pode ser recomendada, sem dúvidas, em um ciclo para ganho de peso na dosagem de até 600mg/sem por um longo período (12-16 semanas) e para um ciclo de "cutting" na dosagem de 400mg/sem também por longos períodos (12-16 semanas) e com algo para combater a retenção. Se você decidir usar Deca, recomenda-se o uso de uma testosterona em conjunto e também ter em mãos alguma droga anti-progestogênica, para se houver necessidade.

A terapia pós ciclo (TPC) também deve ser comentada. Pelo efeito altamente supressivo da Deca. Em um ciclo onde se usa ela e uma testosterona, a última deve ser usada por no mínimo 2 semanas após o final da Deca. É sugerida uma TPC agressiva, usando-se tamoxifeno, HCG e clomifeno para
restabelecer a produção hormonal de forma mais rápida e eficiente possível.

A Deca pode ser adquirida em qualquer farmácia com receituário especial (receita carbonada de duas vias). Existem também medicamentos veterinários que apresentam o Decanoato de Nandrolona.

Bibliografia

1. Metabolism. 1990 Nov;39(11):1167-9
2. Effects of nandrolone decanoate on bone mineral content R, Righi GA, Turchetti V, Vattimo A.).
3. Cancer Res 1978 Nov;38(11 Pt 2):4186-98
4 (Charts) from Minto et al
5. AIDS. 1996 Jun;10(7):745-52
6. Sattler et al. Am J Physiol Endocrinol Metab 283: e1214-22
7. J Acquir Immune Defic Syndr Hum Retrovirol. 1999 Feb 1;20(2):137-46.
8. Chronic administration of nandrolone decanoate does not increase the plasma homocysteine level of male rats, Mirkhani H, Golbahar J, Shokri S.
9. Administration of the anabolic androgenic steroid nandrolone decanoate affects substance P endopeptidase-like activity in the rat brain, Magnusson K, Hallberg M, Hogberg AM, Nyberg F.
10. Histological assessment of ovaries and uterus of rats subjected to nandrolone decanoate treatment, Gerez JR, Frei F, Camargo IC.
11. The impact of chronic nandrolone decanoate administration on the NK1 receptor density in rat brain as determined by autoradiography,Hallberg M, Kindlundh AM, Nyberg F.
12. Effects of androgenic-anabolic steroids on apolipoproteins and lipoprotein (a), Hartgens F, Rietjens G, Keizer HA, Kuipers H, Wolffenbuttel BH.
13. Bodybuilders' body composition: effect of nandrolone decanoate, van Marken Lichtenbelt WD, Hartgens F, Vollaard NB, Ebbing S, Kuipers H.

OXANDROLONA - PERFIL

Oxandrolona
Autor Anthony Roberts
Retirado de forums.steroid.com
Traduzido, Adaptado e Complementado por MRJP

(Oxandrolona)
[17b-hidroxi-17a-metil-2-oxa-5a-androstane-3-um]
Peso Molecular(base): 306.4442
Fórmula Química(base): C19 H30 O3
Ponto de Fusão(base): 235-238ºC
Fabricante: BTG, SPA, Searle (originalmente)
Data de Lançamento(EUA): 1964
Dose Efetiva(Homens): 20-100mg/dia (0.125mg/kg)
Dose Efetiva(Mulher): 2.5-20mg/dia
Tempo de Ação: 8-12 horas
Tempo de Detecção: 3 semanas
Relação Anabolismo/Androgenicidade: 322-630:24
Apresentações: Manipulados

Oxandrolona não é muito tóxica, não é muito androgênica, mais ou menos anabólica e tem muito pouca influência no eixo HPT. Esses são os 4 itens principais que serão comentados a seguir.

Oxandrolona é pouco tóxica ao fígado, sendo provavelmente o esteróide oral mais suave nesse quesito. Dosagens acima de 80mg/dia são facilmente toleradas pela maioria dos homens e poucos colaterais são relatados com essa droga(1). Por esses reações ela é a escolha de muitas bodybuilders e outros atletas.

É um esteróide suave em todas as formas. Ele se liga bem ao receptor androgênico, porém doses muito altas são necessárias não sendo sugeridas nunca doses menores que 20mg/dia. De fato, a dosagem de 20-80mg/dia foi a necessária para compensar a perda em usuários aidéticos(1) e para recuperar o peso de vítimas de queimaduras(2) então esse é a dosagem recomendada para esse composto. Muitos usuários usam 100mg/dia e recomendam. Para mulheres, a dosagem de 2.5-20mg/dia é suficiente. Virilização não ocorre com esse composto, ja que sua androgenicidade é muito baixa(3). Retenção hídrica também não é comum.

Sendo um esteróide oral, a oxandrolona é um composto 17aa para sobreviver ao metabolismo de primeira passagem no fígado, porém é bem suave nesse quesito também não apresentando efeitos hepatotóxicos muito sérios (colestase hepática, peliose hepática, hiperplasias e neoplasias) atribuídos aos compostos 17aa(17). Oxandrolona foi usada com sucesso em alguns estudos para tratar problemas cutâneos(7) ou para melhorar a função respiratória(18). Essas propriedades a torna uma boa droga para boxeadores, lutadores e outros atletas.

Em relação a queima de gordura, a oxandrola pode ser chamada de um esteróide fat-burner. A gordura visceral e abdominal diminuiram em um estudo onde os pacientes com os níveis normais de testosterona usaram oxandrolona(4). Em outro estudo a gordura total, torácica e apendicular foram reduzidas com uma dosagem baixa da droga, 20mg/dia(8), e sem exercício. Além disso os ganhos parecem ser sólidos e permanentes. Pode não ser muito, porém a chance de manter tudo é muito grande. Em um estudo os pacientes manteram seus ganhos da oxandrolona por no mínimo seis meses após o final do uso(2). Concomitante, em outro estudo, doze semanas após o descontínuo do uso, 83% da perda de gordura total, torácica e de extremidades foi mantida(8). Assim, os ganhos de pesa e a perda de gordura costuma ser permanente com o uso da oxandrolona.

Leve em conta que esses resultados são seu uma TPC e nenhuma alteração na dieta ou treino. E sendo todos os estudos realizados com homens mais velhos ou mais novos fica evidenciado que os efeitos da oxandrolona não são dependentes da idade(11). Se você mantem o protocolo "on-off" você pode perder muita gordura no período on e manter a maior parte durante o off.

Oxandrolona é excelente para força e para rasgar, mas não para ganho de massa. Em outras palavras, tudo que você ganha é sólido (e quanto mais sólido o ganho, mas fácil de mantê-lo). Ela possui um baixo impacto no eixo HPT, não suprimindo totalmente ele (principalmente em baixas doses) o que pode ser atribuído, também, ao fato da oxandrolona não aromatizar.

Testosterona sérica, SHBG e LH são suprimidos levemente com baixas doses de oxandrolona, muito menos que com outros compostos. FSH, IGF-1 e GH não são suprimidos com baixas doses de oxandrolona ao contrário, sofrem um aumento significante(12)(13)(14), e o LH vai apresentar ume feito rebote quando se para o uso(3). Estando o seu eixo funcionando corretamente, a oxandrolona vai afetá-lo muito pouco e pode-se ate manter os valores dentro dos padrões normais(5). Isso torna possível o seu uso com "bridge" entre ciclos (em baixas doses, como 10mg) ou, como mencionado antes, para ciclos de força/cutting em dosagens de 50-100mg.

Além disso a oxandrolona aumentou significantemente as concentrações de AR na musculatura esquelética sem alterar os níveis de IGF-1.


Bibliografia

1. Proj Inf Perspect. 1997 Nov;(23):19.
2. Burns. 2003 Dec;29(8):793-7
3. Clin Endocrinol (Oxf). 1993 Apr;38(4):393-8.
4. Int J Obes Relat Metab Disord 1995 Sep;19(9):614-24
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6. Segal S, Cooper J, Bolognia J., Treatment of lipodermatosclerosis with oxandrolone in a patient with stanozolol-induced hepatotoxicity., J Am Acad Dermatol 2000 Sep;43(3):558-9
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8. J Clin Endocrinol Metab. 2004 Oct;89(10):4863-72.
9. Demling RH, Orgill DP., The anticatabolic and wound he****g effects of the testosterone analog oxandrolone after severe burn injury., J Crit Care 2000 Mar;15(1):12-7
10. Hart DW, Wolf SE, Ramzy PI, Chinkes DL, Beauford RB, Ferrando AA, Wolfe RR, Herndon DN., Anabolic effects of oxandrolone after severe burn., Ann Surg 2001 Apr;233(4):556-64
11. Demling RH, DeSanti L., The rate of restoration of body weight after burn injury, using the anabolic agent oxandrolone, is not age dependent., Burns 2001 Feb;27(1):46-51
12. Demling RH, DeSanti L., Oxandrolone, an anabolic steroid, significantly increases the rate of weight gain in the recovery phase after major burns., J Trauma 1997 Jul;43(1):47-51
13. Papadimitriou A, Preece MA, Rolland-Cachera MF, Stanhope R., The anabolic steroid oxandrolone increases muscle mass in prepubertal boys with constitutional delay of growth., J Pediatr Endocrinol Metab 2001 Jun;14(6):725-7
14. Doeker B, Muller-Michaels J, Andler W, Induction of early puberty in a boy after treatment with oxandrolone? Horm Res 1998;50(1):46-8
15. J Appl Physiol 96: 1055-1062, 2004. First published October 24, 2003; doi:10.1152/japplphysiol.00808.2003
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16. James JS., Wasting syndrome: oral oxandrolone re-released in U.S., AIDS Treat News 1995 Dec 22;(no 237):3-4
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18. Mt Sinai J Med. 1999 May;66(3):201-5.

TREMBOLONA - PERFIL

Acetato de Trembolona

As Características

Tempo de ação: 2-3 dias
Dosagem relatada: 200-700mg por semana
Aromatiza: não
Converte-se em DHT: não
Acne: sim
Retenção hídrica: não
Pressão Alta: sim
Inibe o eixo HPT: sim, muito
Hepatotóxica: não
Nefrotóxica: não


A História

O primeiro contato dos culturistas com a trembolona aconteceu nos anos 80, através do medicamento de uso veterinário chamado Finajet, distribuída nos Estados Unidos e Europa, e produzida pela empresa Hoechst and Roussel, que hoje faz parte da Sanofi-Aventis. Vendida em bujões de 50ml (!!!) e concentração de 30mg/ml, logo essa droga virou sucesso, sendo considerada como a droga perfeita para ciclos pré-competição. Porém em 1988 a Hoechst and Roussel retirou o Finajet do mercado, acabando com a oferta de trembolona por alguns anos e criando o cenário perfeito para moldar a reputação dessa droga. O forte impacto causado entre aqueles que usaram somado à impossibilidade de consegui-la fez da trembolona um mito. Quando ela reapareceu no mercado, agora sob o nome de Finaplix, a demanda era enorme.

O Finaplix era comercializado na forma de pequenas bolotas para implante bovino. As bolotas eram implantadas no gado para que a droga fosse absorvida mais lentamente. Apesar da apresentação desfavorável do Finaplix, muitos usuários se superaram, sendo tão brilhantes quanto corajosos. Nesta época se tornou prática comum transformar as bolotas em pó (amassando-as) e então diluir o pó em água ou óleo afim de criar uma solução que pudesse ser injetada. Obviamente, no início de tudo, poucos contavam com ambiente e conhecimento técnico suficientes para preparar uma solução estéril. Outra forma de se utilizar o Finaplix era transformar as bolotas em pó e misturar este pó à uma solução contendo metade água e metade DSMO (veículo para aplicação transdermal), fazendo com que a droga fosse absorvida pela corrente sanguínea com perdas de 10% a 25% após aplicada a solução sobre a pele. Esta também não é uma prática sem riscos, já que permite que muitas toxinas presentes na pele entrem na corrente sanguínea também. Ainda assim, também existiram - ou quem sabe existam até hoje em dia - aqueles que inalavam o pó (sim, como se fosse cocaína) ou que injetavam as bolotas direto no glúteo (sim, como se fossem gados), sem falar daqueles que afirmam categoricamente que as bolotas de Finaplix são próprias para a absorção retal (mais uma vez sim, como se fosse supositório!!!). O Finaplix continua a ser vendido hoje em dia nos Estados Unidos, bem como kits contendo todo o material necessário para conversão das bolotas em produto final para aplicação totalmente esterilizado. No Brasil, muitos laboratórios underground fornecem esta droga, geralmente em bujões de 10ml contendo entre 70mg e 110mg por ml.

Os Efeitos

Apesar de ser um derivado direto da nandrolona, não se deve confundir os efeitos dessas duas drogas. Estruturalmente a diferença entre os dois esteróides são as ligações duplas presentes na molécula da trembolona nos carbonos 9 e 11, ligações essas que não estão presentes na molécula de nandrolona. Essas ligações duplas são responsáveis pela diferença nos efeitos das duas drogas, especialmente a ligação dupla situada no carbono 9, que impede que a molécula de trembolona seja convertida em estrógeno pela enzima aromatase, diferente da nandrolona que apesar de ser um substrato fraco para essa enzima, pode aumentar os níveis de estrógeno durante o uso.

Sem os colaterais estrogênicos (como retenção hídrica, rápido acumulo de gordura, diminuição na lipólise) e sendo um potente andrógeno a trembolona é uma ótima escolha para os ciclos de definição. A ação androgênica da trembolona é muito mais forte que da nandrolona - na verdade ela é muito mais androgênica que a própria testosterona (4) - por dois motivos. Em primeiro lugar, a trembolona se fixa muito bem aos receptores androgênicos, sendo esta uma característica das 19nor. As ligações duplas nos carbonos 9 e 11 aumentam a fixação da molécula de trembolona nos receptores androgênicos (2), tornando-a um agonista mais potente que a sua droga mãe. Depois, e ainda mais importante, a trembolona não é reduzida pela enzima 5-alfa-reductase (1), isso faz com que ela entre nas células de vários tecidos com o mesmo poder de fixação que entra nas células musculares. Isso explica o porque da nandrolona (que é reduzida pela 5-alfa-reductase) ser bem menos androgênica.

Assim como as células musculares, as células de gorduras também possuem receptores androgênicos (5), e sendo a trembolona um forte agonista desses receptores, é responsável pela excepcional queima de gordura que já é bem conhecida entre os seus usuários e comprovada em estudos científicos (3)(6). Ao que tudo indica, quanto mais forte o andrógeno se liga aos receptores, maior é a queima de gordura (6). No entanto é válido observar que a perda de gordura proporcionada pela trembolona não ocorre quando ela está competindo com estrógeno circulante (3), que é um metabólito usual de drogas como metandrostenolona e testosterona. Some a isso o aspecto muscular sólido e compacto decorrente da forte ação androgênica da trembolona e entendemos porque muitos culturistas a consideram indispensável em um ciclo de cutting. Como muitos autores e usuários, acredito também que não exista droga melhor para esta finalidade.

No entanto não devemos relegar a trembolona aos ciclos de cutting e esquecer suas propriedades anabólicas. Quando se fala em construção muscular, muitas vezes vemos a trembolona ser colocada lado a lado com drogas como a testosterona e a metandrostenolona, porém esta é uma comparação falha. O fato de não se converter em estrógeno tem influência negativa sobre os resultados, uma vez que o estrógeno também é esteróide com propriedades anabolizantes, agindo diretamente nos mecanismos de utilização de glicose pelo músculo, na produção de GH e IGF-1, e na proliferação de receptores andrógenos (7)(8). No entanto, se compararmos miligrama por miligrama, a trembolona certamente proporciona mais músculos que a nandrolona ou qualquer outra droga que não tenha ação estrogênica. Assim, o que podemos esperar quando usamos apenas trembolona são ganhos razoáveis de massa muscular, com ótima qualidade e mantidos facilmente.

Os mecanismos pelos quais a trembolona promove a construção muscular ainda não são entendidos na íntegra, porém vale enumerar aquilo que já conhecemos sobre eles. Como você deve imaginar, a trembolona aumenta a retenção de nitrogênio no organismo (9), o que significa mais material para a formação de músculos. A trembolona também aumenta a proliferação e maturação das células satélite, como resultado do aumento da sensibilidade dessas células ao IGF-1 (10). Sinergicamente, ela também aumenta a liberação do próprio IGF-1 (11). Com grande efeito sobre a força e recuperação dos músculos pós-treino, a trembolona promove aumento na síntese de glicogênio e fosfocreatina (8).

Do outro lado da equação, a trembolona combate os efeitos do cortisol em vários níveis, atuando como um inibidor deste hormônio (12), bloqueando seus receptores (13) e alterando-os durante e após o seu uso (14). Isso significa que mesmo depois de encerrada a administração
de trembolona você ainda contará com menor atividade catabólica. Isso explica em partes o porque dos resultados obtidos com esta droga serem mantidos com maior facilidade do que aqueles obtidos com outras drogas.

O Uso

A trembolona é uma droga muito versátil, podendo ser colocada em praticamente qualquer ciclo, independente do objetivo. Como já dito anteriormente, a trembolona sozinha é uma droga fantástica para ciclos de definição. Porém, quando outras drogas muito androgênicas e sem ação estrogênica (como a drostonolona) são utilizadas em conjunto os resultados são muito mais visíveis. A medida que a relação andrógenos/estrógenos aumenta, a presença de líquido subcutâneo diminui, favorecendo ainda mais a definição e a queima de gordura. Drogas mais anabólicas, como o estanozolol, também se encaixam bem para este objetivo ou mesmo para ciclos em que o objetivo é ganhar massa magra com pouca ou nenhuma retenção hídrica.

Alias, o estanozolol tem se mostrado uma ótima combinação para a trembolona por dois motivos. Em primeiro lugar, a trembolona é um agonista dos receptores de progesterona (mais sobre este assunto a seguir) e o estanozolol age no sentido contrário, como um antagonista destes mesmos receptores. E depois, a trembolona como já sabemos se liga com muita força aos receptores androgênicos, promovendo assim os efeitos mediados por esta ligação. Já o estanozolol se liga de maneira muito fraca aos receptores androgênicos, exercendo sua ação majoritariamente por outras vias que não a dos receptores. Apesar deste tipo de ação ainda não ser bem compreendido já se sabe que ele existe. Assim, quando trembolona e estanozolol se encontram em um mesmo ciclo, você conta com ação nos dois sentidos: mediados e não mediados pelos receptores androgênicos.

Se o objetivo é ganhar massa muscular sem muita retenção hídrica, drogas que possuam pouca ação estrogênica são as escolhas ideais. Entre elas estão o propionato de testosterona e a boldenona. A presença de quantidades controladas de estrógeno irá favorecer o anabolismo sem prejudicar tanto a qualidade muscular. Estas drogas ainda podem ser utilizadas em um ciclo de definição, desde que utilizada em conjunto com um inibidor de aromatase afim de reduzir/eliminar a conversão em estrógeno.

Quando o que se deseja é ganhar muito volume, drogas como enantato ou cipionato de testosterona, oximetolona ou metandrostenolona irão adicionar a ação estrogênica necessária para obter grandes resultados, porém sem contar com muita qualidade muscular.


Os Colaterais

Mesmo não sendo atingida pela enzima 5-alfa-reductase, que normalmente reduz os esteróides à formas mais androgênicas, a trembolona por si só é capaz de produzir efeitos colaterais desta natureza, como pele oleosa, acne, queda de cabelo e hipertrofia da próstata. Comparando o valor androgênico da testosterona (100) e da trembolona (500) fica mais fácil entender porque a redução não é necessária para que estes colaterais se manifestem, de forma que o uso de finasterida para evitar alguns desses colaterais é ineficaz. Ainda sobre os colaterais androgênicos, a trembolona pode induzir os usuários a se comportar de forma agressiva. Este colateral costuma ser relatado em sua maioria por pessoas que estão sob os efeitos da trembolona durante longos períodos e com doses excessivas. Apesar de este ser considerado por alguns um efeito colateral, outros se beneficiam desta agressividade aplicando-a durante o treino para aumentar o desempenho. Por certo você já percebeu que os pesos costumam ficar mais leves quando você vai treinar depois de uma briga com a patroa ou quando alguém consegue te tirar do sério a caminho da academia (neste ponto sempre encontramos uma pessoa disposta a ajudar!).

Quanto aos colaterais estrogênicos a preocupação deve ser mínima. A trembolona não é convertida em estrógeno, logo não induz efeitos colaterais como ginecomastia, retenção hídrica ou ganho acelerado de gordura por esta via. Então porque a preocupação deve ser mínima e não nula? A molécula de trembolona (assim como a nandrolona) é parecida com a molécula de progesterona, sendo capaz de se ligar aos seus receptores (15)(16). Um efeito conhecido da progesterona é a sua capacidade de potencializar os efeitos do estrógeno (17). Assim, o cuidado deve ser redobrado quando a trembolona é usada em conjunto com outra droga de ação estrogênica. A progesterona, tecnicamente, é capaz de induzir por si só efeitos colaterais estrogênicos, porém quando a trembolona é usada sem a presença de estrógeno raramente é associada à retenção hídrica, e mais raramente ainda à ginecomastia e acumulo de gordura acelerado. Apesar de não existirem estudos comprovando que a ação progestênica da trembolona por si só é incapaz de produzir colaterais estrogênicos, as evidências apontam nesta direção. Mesmo sendo a progesterona um estrógeno, seus receptores também mediam alguns efeitos androgênicos secundários. Drogas como a trembolona, nandrolona e estanozolol parecem ativar estes efeitos quando se ligam aos receptores da progesterona, podendo causar perda de libido e disfunção erétil (8), sendo o estanozolol muito mais brando quanto a este efeito se comparado às drogas da família 19-nor. Em todo caso, existem drogas que podem ser utilizadas em conjunto para combater o efeito progestênico da trembolona, como o estanozolol e o citrato de tamoxifeno que agem como leves antagonistas dos receptores de progesterona. Para uma ação anti-progestênica mais eficaz existem também outras duas opções, que são o fulvestrante e a droga conhecida por RU-486 (pílula abortiva), porém essas duas drogas também possuem seus efeitos colaterais, são muito caras e de difícil acesso.

A trembolona inibe a produção endógena de testosterona. Apesar de não se converter em estrógeno, que o maior vilão quando o assunto é inibição do eixo HPT, o poder androgênico da trembolona suprime o eixo hormonal muito rapidamente. Como todos os esteróides sexuais tem efeitos negativos sobre o eixo, não podemos eliminar a ação progestênica da trembolona sobre este colateral.

Em muitos lugares se comenta sobre a nefrotoxidade da trembolona, no entanto não existem evidências que confirmem este colateral. Ao que parece o rumor sobre este colateral se originou graças a coloração da urina que costuma ficar mais escura, normalmente em um tom de cor entre o laranja e o marrom. Porém isto não acontece por sobrecarga renal e sim devido à molécula de trembolona sofrer pouca alteração antes de ser excretada, e assim modificando a cor natural da urina. Já notou que a trembolona tem a cor mais escura que as outras drogas? E que a cor da urina fica bem parecida? A urina costuma ficar muito escura quando a trembolona é usada em doses excessivas, o que assusta os usuários induzindo-os a pensar que existe sangue sendo excretado em conjunto ou que indica a nefrotoxidade da droga, mas como já explicado, isto é um erro. Mesmo não provocando retenção de água e sal a trembolona é conhecida por aumentar a pressão sanguínea de seus usuários, e isto sim pode gerar problemas renais, juntamente com a perda rápida de água causada pelo aumento no metabolismo basal, de forma que durante o uso de trembolona é uma boa pratica checar a pressão sanguínea regularmente e aumentar a ingestão de água.

A questão da toxidade ao fígado causada pela trembolona também tem sido levantada com muita freqüência. No entanto, isso parece ser mais um mito. A trembolona não é um 17aa, logo não deve apresentar riscos ao fígado. A única referência séria que encontrei até o momento afirmando que a trembolona é hepatotóxica foi do autor L. Rea (8), porém
recentemente ele voltou atrás no teor da sua publicação e apontou o excesso de álcool benzílico presente em algumas conversões, bem como as soluções não estéreis de Finaplix, como causadores desta toxidade (18).

Alguns usuários sofrem de um ataque súbito de tosse após as injeções de trembolona. Ela se manifesta de forma violenta e incontrolável na maioria das vezes, por um período de no máximo um minuto ou dois, e depois some. Existem usuários que manifestam este colateral todas as vezes que administram a droga, alguns o manifestam exporadicamente e outros sofrem com a tosse raramente ou nunca sofreram. Esta tosse ainda não tem uma explicação definitiva, apesar de existirem várias teorias para explicar este colateral. Uma delas alega que a trembolona possui um mecanismo único que causa bronquioconstrição, porém esse mecanismo não teria uma ação tão rápida para provocar a tosse logo após a injeção de trembolona. Além do mais, esta tosse não parece ser exclusiva da trembolona, já que alguns usuários alegam ter sofrido este colateral ao usar outros EAAs como boldenona ou cipionato de testosterona. Outra possibilidade seria a quantidade excessiva de álcool benzílico presente nas conversões de alguns laboratórios underground. Contudo, sendo esta teoria verdadeira, a tosse ocorreria com o uso de outras substâncias que levam a mesma quantidade de álcool benzílico, como o propionato de testosterona, fato que não acontece. A teoria mais aceita, e que parece fazer mais sentido, atribui este efeito à pureza da droga. A trembolona é uma substância muito difícil de ser refinada (bem como a boldenona e o cipionato de testosterona), então dependendo do grau de sua pureza, a solução contém uma parcela menor ou maior detrembolona oxidada, que seria o agente causador deste colateral, procando uma espécie de anafilaxia. Esta teoria se valida pela experiência de alguns usuários ao relacionar este colateral à cor da solução de trembolona, que quanto mais clara (ou seja, mais pura) menos chances tem de se manifestar.

Infelizmente, a trembolona reduz a produção de T3 (19). Apesar da trembolona ser uma ótima droga para definição, este é um colateral contraproducente. Adicionar T3 exógena ao ciclo é uma pratica eficaz para maximizar os efeitos da trembolona.


Referências:

1. J Chromatogr. 1991 Apr 5;564(2):485-92.
2. Toxicol Sci. 2002 Dec;70(2):202-11.15
3. J Anim Sci 1987 May, 64 (5): 1428-33
4. Neumann F. Environ Qual Saf Suppl 1976 (5) 253-64
5. Am J Physiol. 1998 Jun;274(6 Pt 1):C1645-52.
6. Biochim Biophys Acta. 1995 May 11;1244(1):117-20.
7. http://www.mesomorphosis.com/articles/l ... bolone.htm

DIANABOL - PERFIL

Dianabol
Autor Anthony Roberts
Retirado de forums.steroid.com
Traduzido, Adaptado e Complementado por MRJP (User de diversos Fóruns)

(Methandrostenolona / Methandienone)
[17a-metil-17b-hidroxi-1,4-androstadien-3-um]
Peso Molecular(base): 300.44
Fórmula Química(base): C20 H28 O2
Ponto de Fusão(base): N/A
Fabricante: Ciba (originalmente)
Data de Lançamento(EUA): 1956
Dose Efetiva(Homens): 25-50mg/dia (sendo 10mg a dosagem mais baixa e 100mg a mais alta que foram relatadas)
Dose Efetiva(Mulher): Não recomendado
Tempo de Ação: 6-8 horas
Tempo de Detecção: Mais de 6 semanas
Relação Anabolismo/Androgenicidade: 90-210:40-60

Esse é o segundo esteróide produzido. O primeiro foi a testosterona, que foi descoberta em meados de 1900 e testada pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, na tentativa de produzir soldados melhores. Atletas russos no campeonato mundial de 1953, assim como nas Olimpíadas, usaram testosterona com grande sucesso. Depois disso, John Ziegler, que era o médico do time de levantadores dos EUA, se uniu a Ciba Pharmaceuticals para desenvolver algo para os atletas americanos. Em 1956 saiu o Dianabol, ou Dbol como é conhecido entre os atletas. Originalmente dizia-se que 10mg/dia era o suficiente para prover uma total reposição androgênica em homens. Dr. Ziegler recomendava de 5-10mg/dia para seus atletas. Coincidentemente essa era a dose tomada por bodyduilders na década de 70. Sim, essa era a dose de Arnold, Zane e seus companheiros, simplesmente combinada com alguma testosterona. Miligrama por miligrama, o dianabol é mais potente que a testosterona.

Bom, vamos ao que interessa. Dianabol é achado na forma de pílulas e na forma injetável (sob o nome de Reforvit-B que consiste em 25mg de metandrostenolona com vitaminas do complexo . É um esteróide 17aa o que indica que recebeu um grupo alquila no carbono da posição 17a para sobreviver ao metabolismo de primeira passagem no figado e manter-se na corrente sanguínea. Ele aumentará a sua pressão arterial(4) e é hepatotóxico, portanto cuidado. Porém, vê-se pessoas tomando 100mg/dia e não sofrendo qualquer efeito colateral, assim como ume estudo que usa essa dose e os pacientes não sofreram nenhuma efeito colateral(7). Vamos examinar o estudo mais a fundo.

Nesse estudo, feito na década de 80, uma alta dose de Dbol (100mg/dia por 6 semanas) diminui os níveis plasmáticos de testosterona para 40%, o nível plasmático de GH aumentou três vezes, LH caiu para 80% e FSH caiu um terço. A massa gorda não aumentou signifcantemente e a massa magra aumentou em algo entre 2-7kgs. Os pesquisadores concluíram que o Dbol aumenta a massa magra assim com a força e o rendimento.

Assim como outros esteróides 17aa, Dbol se liga fracamente aos receptores androgênicos (AR), assim grande parte dos seus efeitos é atribuída a mecanismos independentes do receptor AR. Isso também indica que ele sofre pouca aromatização e tem pouca influência no sitema endócrino natural(12). Isso significa que os usuários de Dbol por curtos períodos e baixas doses não precisam se preocupar com as quedas nos níveis de testosterona natural. Lógico que esse efeito é dose dependente e em usuários que usam altas doses (30/+mg/dia) ja se pode notar os efeitos colaterais androgênicos.

Dbol também não afeta os níveis de colesterol em doses moderadas(15) e parece ser benéfica em atletas por estocar potássio(14).

Então, como podemos incluir isso em nossos ciclos. Certamente a inclusão de Dbol em qualquer parte do ciclo vai produzir ganhos melhores, mas ele é mais comumente usado de duas formas:

1) No começo dos ciclos para promover ganhos rápidos
2) Como ponte entre ciclos, para manter-se os ganhos

Vamos estudar os dois usos

No início dos ciclos convem-se combinar esteróides orais de ação rápida como dianabol combinados com esteróides injetáveis de ação longa. A razão para isso é que o esteróide oral (Dbol no caso) vai produzir ganhos quase imediatos, enquanto o injetável vai levar tempo para produzir resultados. O resultado final é que você começa a ver resultados na primeira semana do seu ciclo e continua até o final dos injetáveis. O seu uso costuma variar entre 25-50mg/dia de Dbol (tendo relatos de até 100mg/dia) por 3 a 6 semanas iniciais do ciclo (o tempo médio para essa dose de ataque é de 4 semanas) e depois cessar seu uso quandos os injetáveis começarem a produzir resultados. A dose deve ser fracionada de acordo com a meia vida da droga, que é de 3-6 horas.

Para ter uma ponte de sucesso entre os ciclos (e isso significa usar doses baixas de esteróides, no caso Dbol) você precisa recuperar seus niveis hormonais os níveis do pré-ciclo ou, no mínimo, a parâmetros aceitaveis. A ideia aqui é você não perder nenhum ganho e a baixa dose de Dbol ajudará você a mantê-los. Tipicamente usa-se 10mg/dia de Dbol combinado com uma TPC agressiva com Tamoxifeno (e/ou Clomifeno) e hCG. Isso dará a você a reposição androgênica completa do Dbol e uma recuperação do seus níveis hormonais pela TPC. Lembre-se, a dose de 100mg/dia de Dbol do estudo que vimos acima não diminuiram os níveis de LH, FSH e testosterona a um nível onde a recuperação se torna impossível, e certamente não é 1/10 dessa dose com uma TPC agressiva que o fará.

Convem dizer também, que a teoria do "mais é melhor" deve ser revista. Foram verificados altos níveis de metandrostenolona inalterada na urina de pessoas que usavam altas doses(13). Isso pode indicar que baixas doses tomadas ao longo do dia podem produzir melhores resultados.

Essa é uma droga muito boa e pontente para ganhos rápidos ou para manter os ganhos, isso quando usada de modo segura e certo.

Bibliografia

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[font=Times New Roman]Farmakol Toksikol 1981 Mar-Apr;44(2):213-7
2.Brain Res. 1998 May 11;792(2):271-6.
3.Chemfinder. Copyright 2004 CambridgeSoft Corporation. Cambridge, MA, USA.
4. Br Med J. 1975 May 31;2(5969):471-3.
5. www.steroid.com
6. http://www.*****************.com
7. Clin Sci (Lond). 1981 Apr;60(4):457-61
8. Steroids. 1984 Dec;44(6):485-95.
9. Vrach Delo. 1983 Nov;(11):34-6. Russian
10. Acta Med Acad Sci Hung. 1975;32(1):27-34
11. 4 Nesterin MF, Budik VM, Narodetskaia RV, Solov'eva GI, Stoianova VG., Effect of methandrostenolone on liver morphology and enzymatic activity, Farmakol Toksikol 1980 Sep-Oct;43(5):597-601
12. Blasberg ME, Langan CJ, Clark AS., The effects of 17 alpha-methyltestosterone, methandrostenolone, and nandrolone decanoate on the rat estrous cycle, Physiol Behav 1997 Feb;61(2):265-72
13. 3 Harrison LM, Fennessey PV., Methandrostenolone metabolism in humans: potential problems associated with isolation and identification of metabolites, Steroid Biochem 1990 Aug 14;36(5):407-14
14. Hervey GR, Hutchinson I, Knibbs AV, Burkinshaw L, Jones PR, Norgan NG, Levell MJ., Anabolic" effects of methandienone in men undergoing athletic training., Lancet 1976 Oct 2;2(7988):699-702
15. Romics L, Bretan M, Szigeti A, Varsanyi-Nagy M., Effect of methandrostenolone on serum triglyceride and cholesterol levels in diabetic patients, Acta Med Acad Sci Hung 1975, 32(1): 27-34

TESTOSTERONA - PERFIL

TESTOSTERONA

As Características

Tempo de ação: 3 dias (propionato); 8 dias (enantato); 14 dias (cipionato)
Dosagem relatada: 200-2000mg por semana
Aromatiza: sim
Converte-se em DHT: sim
Acne: sim
Retenção hídrica: sim
Pressão Alta: sim
Inibe o eixo HPT: muito
Hepatotóxica: não (apenas na versão metilada)


A História

Em paris, um médico de 72 anos afirmou para os seus colegas que havia descoberto um tratamento para rejuvenescer o corpo e a mente. Dizia ele que dentre vários benefícios, havia aumentado sua força física e desempenho intelectual. Para conseguir estes resultados, tudo o que o médico precisou fazer foi injetar um líquido extraido dos testículos de cães e porcos da índia. Este foi Charles-Édouard Brown-Séquard, em 1889, que apesar de não conhecer a existência da testosterona, atestava que aquela “secreção interna” (termo usado para se referir ao fluido que era administrado) trazia uma série de benefícios quando injetada no corpo humano. Contudo, na época, os especialistas na área não deram muito crédito para Charles-Édouard, e alegaram que os efeitos positivos alcançados por ele foram simples fruto da auto-sugestão. Infelizmente Charles se deixou levar pela zombaria de seus colegas e abandonou suas pesquisas neste campo (1).

Quase 40 anos depois, em 1927, Fred Koch descobriu que animais castrados eram remasculinizados após receberem uma substância isolada, proveniente de testículos de boi. Contudo, o trabalho para obter isolar essa substância era enorme, fazendo com que fosse quase impossível conseguir quantidades suficientes para a realização de estudos em humanos. Naquele momento, eram necessários mais de 80kg de testículos bovinos para extrair cerca de 20mg da substância. No entanto, haviam interesses por trás dessa descoberta, especialmente de grandes indústrias farmacêuticas como a Schering, Organon e a Ciba. Nos anos 30, essas três empresas iniciaram um trabalho de pesquisa em grande escala nesta área, culminando com a identificação da molécula de testosterona pela Organon, em maio de 1935. Ainda em 1935, no mês de agosto, dois métodos para a síntese da testosterona a partir do colesterol foram desenvolvidos, um por Butenandt e outro por Ruzicka. Para ilustrar a grandiosidade deste feito, é preciso lembrar que ambos ganharam o prêmio Nobel de química pelas seus descobertas.

Os Efeitos

Muita confusão é feita quando se fala de testosterona, e grande parte disso é proveniente do incontável número de ésteres desta droga que estão disponíveis nos dias de hoje. Para que os efeitos da testosterona e seus ésteres sejam melhor compreendidos, precisamos entender que toda testosterona esterificada (propionato de testosterona, cipionato de testosterona, etc) é uma pró-droga, ou seja, uma susbtância inativa que será metabolizada no organismo após administrada, produzindo metabólitos ativos que irão proporcionar os efeitos desejados. Em outras palavras, a testosterona esterificada não promove efeito algum. Dessa forma, é preciso que a testosterona seja separada do seu éster para que ela exerça qualquer função no organismo. Esse fato levou muitos autores e usuários a acreditar que o éster atrelado à testosterona seria responsável apenas por alterar a sua meia-vida, de forma que os efeitos da testosterona seriam os mesmos, independente de qual fosse o éster (2). Desta crença se originou a tão famosa frase “testosterona é testosterona”. Contudo, na prática, a utilização de ésteres diferentes resulta em efeitos diferentes, e essa diferença de ação é bem conhecida há algumas décadas, tanto pelos usuários quanto por alguns pesquisadores que se interessaram pelo assunto. No entanto, testosterona continua sendo testosterona e a maioria dos seus efeitos são comuns a todos os ésteres. Dessa maneira, os efeitos comuns da testosterona serão enumerados e, em seguida, as diferenças decorrente dos diferentes ésteres. Então vamos ao que interessa.

A testosterona promove a construção muscular através de uma série de mecanismos distintos Aumentando a retenção de nitrogênio, que é o indicador primário do poder anabólico de uma droga, a testosterona disponibiliza mais material para que os músculos sejam construídos (3). A testosterona também é responsável por aumentar a produção de GH e IGF-1 (4)(5), duas substâncias que tem papel fundamental no anabolismo muscular, sendo este último intimamente ligada ao processo de hiperplasia, evidênciando os efeitos da testosterona sobre a maturação das células satélites (7), seja para reparação do tecido muscular ou para a formação de novas fibras. Além disso, a testosterona atua como um antagonista dos glucocorticóides, fazendo desta uma ótima droga anti-catabólica (8), propriedade especialmente importante nos ciclos definição, quando o usuário se encontra em déficit calórico. Por falar em definição, a testosterona também se liga muito bem aos receptores androgênicos, promovendo a perda de gordura (9). A ligação com os receptores androgênicos também é responsável pelo aumento na síntese e armazenamento de glicogênio muscular (10), o que resulta em um treino mais intenso e melhor recuperação após o treino. Aumentando a quantidade de hemácias (11), a testosterona aumenta a vascularização e a resistência ao exercício aeróbico. Além dos vários benefícios ligados à estética e à performance, a testosterona pode prevenir (ou retardar) o mal de Alzheimer, infartos e ataques cardiácos, exibindo também uma série de efeitos positivos sobre a memória, o apetite, o humor, os ossos, os nervos e unidades motoras (17-20).

Com todos esses mecanismos agindo simultaneamente, muitos consideram a testosterona como a base para todo e qualquer ciclo. Ainda que existam alguns casos onde a testosterona não precisa necessariamente ser aplicada, aqueles que optam por colocar uma droga mais forte em seu ciclo certamente devem optar pela testosterona. De fato, a testosterona é a melhor opção custo benefício disponível, e se compararmos os resultados absolutos veremos que poucas drogas tem o mesmo potencial da testosterona. A versatilidade da testosterona faz com que ela possa ser aplicada tanto em ciclos de definição quanto em ciclos de volume. Porém, diferentes ésteres conferem à testosterona diferentes propriedades, principalmente no que tange a conversão da testosterona em estrógeno, de forma que mesmo sendo a testosterona aplicável em qualquer ciclo, alguns ésteres atendem melhor à alguns objetivos do que outros.

Os Ésteres

Inicialmente a esterificação foi criada para tornar o uso de uma determinada droga mais confortável. Aumentando o tempo de liberação, o éster faz com que o usuário precise administrar a droga em intervalos de tempos maiores, ou fazer menos administrações em um mesmo intervalo de tempo. Considerando que geralmente a testosterona é administrada através de injeção intramuscular profunda, a esterificação poupa os usuários de alguns momentos de dor e desconforto. Contudo, aqueles que tiveram a oportunidade de utilizar ésteres de testosterona diferentes são categóricos ao afirmar que os ésteres mais curtos (como o propionato) tem ação diferente dos ésteres mais longos (como o enantato e o cipionato). Segundo estes usuários, o propio
nato de testosterona trás mais qualidade muscular e moderado aumento de peso, enquanto o enantato ou cipionato de testosterona promovem um maior aumento de peso no geral, ainda que boa parte seja de retenção hídrica, o que por sua vez reduz a qualidade muscular. Esse conhecimento empírico se estabeleceu ao longos dos anos, de forma que é natural ouvir recomendações sobre ésteres curtos em ciclos de definição e ésteres longos em ciclos de volume. Ainda que não houvessem estudos científicos comprovando essas diferenças, a simples observação dos resultados já seria uma base suficientemente forte para sustentar a aplicação dos diferentes ésteres em ciclos com objetivos distintos.

O ponto central na diferença entre as ações dos ésteres é a taxa de aromatização que ele confere à testosterona. Um estudo concluiu que ésteres mais longos ocasionam maior presença de estrógeno no organismo que os ésteres mais curtos (12). O mesmo estudo mostra que os individuos submetidos à ésteres curtos também tiveram maior contagem de espermatozóides, recuperação do eixo HPT mais acelerada, e pior perfil lipídico quando comparados aos individuos que foram expostos aos ésteres longos. Sabendo que o estrógeno é um grande supressor do eixo HPT e atua positivamente no perfil lipídico, fica fácil perceber que estes últimos parâmetros decorrem de uma menor taxa de aromatização por parte dos ésteres curtos. Ainda que o estudo em questão tenha sido realizado com macacos (Macaca fasicularis), os resultados convergem com o conhecimento empírico que foi acumulado com os anos de experiência dos usuários. Assim, com menos estrógeno no organismo, os ésteres curtos promovem melhora na qualidade muscular do usuário, já que a retenção hídrica com ésteres de testosterona mais curtos costuma ser branda ou mesmo inexistente.

Porém, os ésteres longos também tem suas vantagens. Ainda que a qualidade muscular fique comprometida graças à retenção hídrica decorrente do alto nível de estrógeno, os ésteres longos são superiores quando o quesito é a retenção de nitrogênio (13). Além disso, o estrógeno também tem propriedades anabólicas, já que este hormônio estimula a produção de GH e IGF-1 (14)(15)(16), aumenta a concentração de receptores androgênicos e atua positivamente sobre os mecanismos de utilização de glicose pelos músculos (10). Dessa forma, a presença de uma quantidade de estrógeno elevada pode ser benéfica para a construção muscular.

Outra diferença entre os ésteres reside sobre o seu peso molecular. Apesar de muito importante, esse fator costuma ser negligenciado pela maioria dos usuários. Como o peso molecular do éster influência diretamente na quantidade de testosterona que será liberada no organismo, o peso do éster deve ser levado em consideração quando a dosagem do ciclo for estabelecida. Dessa forma, quanto maior o éster atrelado à testosterona, menos testosterona será liberada na corrente sanguinea, necessitando assim de uma maior quantidade de testosterona esterificada para atingir uma determinada dosagem. Para ilustrar melhor este conceito, vamos tomar como exemplo dois ciclos, sendo um deles com 500mg de propionato de testosterona por semana e outro com 500mg de enantato de testosterona por semana. Nos ciclos citados, ambos estão usando quantidades iguais de testosterona esterificada, dando uma falsa impressão que a quantidade de testosterona administrada é igual nas duas situações. Contudo, no ciclo com propionato de testosterona, o peso molecular do éster corresponde a cerca de 20% da quantidade total administrada na semana, enquanto que no ciclo contendo enantato de testosterona, esta porcentagem sobe para 30%. Desta maneira, o primeiro ciclo conta com algo em torno de 400mg de testosterona por semana. Já o segundo ciclo conta com apenas 350mg de testosterona por semana. Assim, é importante que o usuário ajuste a quantidade de testosterona esterificada a ser administrada de acordo com o peso do éster. Para efeito de cálculos futuros, para cada 100mg de testosterona atrelada aos ésteres propionato, enantato e cipionato, você terá respectivamente 83.7mg, 69.9mg e 69.6mg de testosterona pura.


O Uso

Por força do hábito, convencionou-se entre a maioria dos usuários que a dosagem mínima para que a administração exógena de testosterona ofereça resultados significativos é de 500mg por semana. No entanto, usuários com menos experiência e tempo de treino podem conseguir resultados expressivos mesmo com doses mais baixas, como 200-300mg por semana, uma vez que estas pessoas tendem a ser mais leves e ter histórico de EAAs reduzido ou inexistente. Considerando que o corpo humano (homens) produz naturalmente cerca de 50mg de testosterona por semana, mesmo uma dosagem pequena como 200mg oferece uma quantidade de testosterona quatro vezes maior que a normal. Contudo, os usuários mais avançados parecem precisar de doses maiores para obter resultados expressivos, sendo que a dosagem normalmente utilizada por estas pessoas fica entre 500 e 1g. Ainda assim, existem usuários que optam por dosagens elevadas, podendo chegar a 1,5g ou 2g.

As propriedades da testosterona fazem com ela possa ser aplicada em qualquer ciclo, seja qual for o objetivo. Como você deve ter percebido até aqui, alguns ésteres se aplicam melhor em certo ciclos. Para ciclos de definição os ésteres curtos, como o propionato de testosterona, são uma melhor opção por resultar em menos estrógeno. Para maximizar os resultados do ciclo, um inibidor de aromatase é necessário, reduzindo ao máximo a aromatização, afim de que se possa aproveitar todo o potencial da testosterona no quesito queima de gordura. Em ciclos com esse objetivo, drogas mais androgênicas e não aromatizáveis podem ser associadas à testosterona, como a trembolona ou drostonolona, ou mesmo drogas com perfil mais anabólico, como o estanozolol por exemplo. Ésteres curtos também podem ser aplicados em ciclos que visam aumento de massa muscular sem perda da qualidade, já que um leve aumento no nível de estrógeno é aceitável e bem-vindo neste tipo de ciclo. Para os ciclos que buscam este objetivo, drogas não aromatizáveis (como estanozolol, oxandrolona, trembolona, etc) ou as que tem baixa taxa de aromatização (como boldenona e fenilpropionato de nandrolona) são opções que tendem a maximizar os resultados. Nos ciclos que buscam aumento de volume, os ésteres longos (enantato, cipionato, etc) trazem melhor resultado, uma vez que proporcionam maior retenção de nitrogênio e a alta taxa de conversão em estrógeno favorece a construção muscular. Drogas como oximetolona, metandrostenolona e decanoato de nandrolona são opções válidas para se combinar com a testosterona nos ciclos que visam grande aumento de massa muscular.

Os Colaterais

Por ser a droga mãe de todos os outros EAAs, a testosterona recebeu o valor androgênico 100, e esse valor é usado como parâmetro para estipular o potencial androgênico de todas as outras drogas. Assim, quando você se deparar com uma droga cujo valor androgênico é 200, isso quer dizer que ela é duas vezes mais androgênica que a testosterona. Ainda que o valor androgênico da testosterona seja bem menor que o de outras drogas, como a trembolona (valor androgênico 500), ela é capaz de provocar colaterais desta natureza, como oleosidade da pele, acne e queda de cabelo. Além disso, a testosterona é reduzida pela enzima 5-alfa-reductase, gerando a dihidrotestosterona (DHT), que é um EAA ainda mais androgênico que a própria testosterona. Outros colaterais de natureza androgênica como o comportamento agressivo também podem surgir durante um ciclo contendo testosterona.

Por ser convertida em estrógeno quando em contato com a enzima aromatase, colaterais como ret
enção hídrica, aumento na pressão arterial e ginecomastia são possíveis. É importante observar que, como visto anteriormente, ésteres curtos tendem a causar menos colaterais de origem estrogênica que os ésteres longos, já que resultam em menores níveis de estrógeno. Sendo assim, os usuários mais sensíveis aos colaterais estrogênicos devem optar por ésteres curtos, como o propionato, afim de evitar complicações futuras. Contudo, paradoxalmente, algumas pessoas são sensíveis à ação rápida dos ésteres curtos (22), e aqueles que fazem parte deste grupo costumam relatar febre, cansaço e falta de disposição para treinar e se alimentar corretamente.

Durante o uso de testosterona exógena, o eixo HPT é suprimido rapidamente (2), sendo necessário fazer a TPC adequada com o objetivo de minimizar o crash hormonal ao final do ciclo. O perfil lipídico também pode ser alterado nos ciclos contendo testosterona. Um estudo com 61 homens saudáveis, onde foram utilizadas diferentes dosagens de testosterona durante 20 semanas, mostrou um redução no HDL proporcional à dosagem utilizada, concluindo que este é um colateral dose-dependente (21). http://www,vigorex.com

Referências

1. The History of Synthetic Testosterone; February 1995; Scientific American Magazine; by Hoberman, Yesalis; 6 Page(s)
2. William Llewellyn, Anabolics 2006
3. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism Vol. 82, No. 11 3710-3719
4. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism Vol. 90, No. 3 1613-1617
5. Am J Physiol Endocrinol Metab 282: E601-E607, 2002
6. Am J Physiol Endocrinol Metab 283: E154-E164, 2002
7. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2004 May;7(3):271-7
8. J Lab Clin Med. 1995 Mar;125(3):326-33
9. Curr Pharm Biotechnol. 2004 Oct;5(5):459-70
10. L Rea, Building the Perfect Beast, 2003
11. Zhonghua Nan Ke Xue. 2003;9(4):248-51
12. Journal of Andrology, Vol. 24, No. 5, September/October 2003
13. J Am Geriatr Soc. 1954 May;2(5):293-8.. PMID: 13162731
14. J Clin Endocrinol Metab 76:996–1001
15. J Clin Endocrinol Metab 81:1217–1223
16. J Clin Endocrinol Metab 82:3414–3420
17. Heart. 2004 Aug;90(8):871-6